O mercado de café segue bastante volátil, dificultando as tomadas de decisão por parte do produtor na hora de comercializar sua safra. Nesta quinta-feira (30), em Nova York, as cotações futuras do café arábica voltaram a tombar, com o primeiro contrato rompendo a linha dos US$ 1,70 por libra, caindo mais de 2% no dia.
Em entrevista durante a Feira Nacional da Cafeicultura Irrigada (Fenicafé), em Araguari, no Triângulo Mineiro, o vice-presidente da Cooperativa Nacional dos Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Oswaldo Bachião Filho, falou sobre como o produtor vem lidando com toda essa volatilidade.
“O produtor ficou muito inseguro sobre o que fazer, pois perdeu a referência de sua produtividade nestes últimos anos, quando as safras foram bastante afetadas por adversidades climáticas, por seca e geadas. Mas agora acredito que, para a safra 2023, com o clima voltando ao normal, se não tivermos geadas, o produtor vai voltar a ter mais segurança na hora da comercialização. Essa dúvida dos produtores é compreensível, uma vez que ele enfrentou muitos problemas com a falta de chuvas e ainda com as geadas. Tudo isso os deixam bastante cautelosos no momento de negociar o café, ainda mais que havia pouca quantidade para ser vendida”, salientou o dirigente da Cooxupé.
A Fenicafé segue até sexta-feira (31), no Parque de Exposições Ministro Rondon Pacheco. Assim como em 2022, o evento faz parte da Café Agro, que soma mais de uma semana de atrações com a Expo Araguari. O evento é promovido pela Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA) e a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com apoio da Embrapa Café e Prefeitura Municipal de Araguari.