A falta de chuva vem prejudicando a produção de café arábica especialmente nas regiões do Sul, Oeste e Triângulo em Minas Gerais e na Mogiana em São Paulo, que juntas, respondem por mais de 70% da produção no país.
Desde o mês de março praticamente não chove, com a falta de água no solo observa-se em campo lavouras murchas, com folhas amareladas e secas e, ainda com desfolha. Os frutos de café, nessas lavouras, vêm amadurecendo forçados, com passagem de muitos deles do estágio verde diretamente para seco, sem o estágio cereja.
Lavouras mais novas que contam com o sistema radicular mais superficial, ou aquelas sobre solos mais arenosos ou extremamente argilosos são as que mais estão sentindo a estiagem.
Além de perdas sobre a safra atual de café pelo menor tamanho e má formação dos grãos, o déficit hídrico recente reduz o crescimento da ramagem nova, o qual aliado à seca de folhas e desfolha vai influir também e, principalmente, no potencial para a safra de café em 2019.
Ainda é cedo para quantificar as perdas, porém o produtor e o mercado devem ficar, desde já, atentos a essa anormalidade climática.
Temperatura nos próximos dias
Para esta semana, há previsão de que voltem a ocorrer algumas pancadas de chuva isoladas sobre São Paulo, Mato Grosso, Goiás e metade sul de Minas Gerais, mas com exceção das faixas sul e leste de São Paulo, a chuva será muito pontual, de fraca intensidade e de curta duração. A tendência é de instabilidades bem mais concentradas sobre a Região Sul do Brasil. Já em toda a região do cerrado brasileiro a previsão é de tempo seco e grande amplitude térmica.