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Sacas de cafés especiais do Norte Pioneiro do Paraná atingem R$ 1.977 em leilão

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/10/2023

3 MIN DE LEITURA

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Na última quinta-feira (19), a 16ª Feira Internacional de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Ficafé) e a 2ª Feira de Sabores do Norte Pioneiro do Paraná foram encerradas com premiações e os resultados do leilão de cafés especiais. Mais de 3 mil pessoas passaram pelo Centro de Eventos de Jacarezinho nos três dias de realização.

O consultor do Sebrae/PR, Odemir Capello, faz um balanço positivo dos eventos. Ele destaca a qualidade dos lotes de cafés especiais apresentados no concurso e no leilão, e diz que a Feira de Sabores atraiu compradores e favoreceu a geração de negócios. “Acredito que temos cumprido o nosso papel de trabalhar para que as feiras sejam porta-vozes do desenvolvimento do norte pioneiro, promovendo conexões importantes e proporcionando que os produtores melhorem suas vendas e ampliem mercado”, analisa.

Para o presidente da Associação de Cafés Especiais do Norte Pioneiro do Paraná (Acenpp), Paulo Frasquetti, esta foi uma das melhores edições das feiras, tanto na geração de conteúdos, como de negócios para os expositores, já que a junção dos eventos atraiu visitantes interessados em outras cadeias produtivas, além dos cafés, como frutas, olericultura orgânica, lácteos e embutidos. “Eu mesmo desconhecia alguns produtos apresentados aqui. Com certeza, a Feira de Sabores trouxe mais visitantes e mais visibilidade para a agricultura do norte pioneiro”, conta. 

Concurso de cafés especiais

Na tarde de quinta-feira (19), foram divulgados os resultados do 11º Concurso Sabores do Norte Pioneiro do Paraná e do leilão dos lotes de cafés especiais. Em 2023, a competição recebeu a inscrição de 86 lotes – 47 na categoria Cereja Descascado e 39 na Categoria Natural. Ao todo, chegaram à final 19 lotes, que foram classificados por pontuação, com nota de corte de 84 pontos, segundo a metodologia de avaliação sensorial da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA).

Em cada categoria, três cafeicultores foram premiados. O terceiro lugar na categoria Natural ficou com Sirlei de Fátima da Cruz Carvalho, de Joaquim Távora, com 84,06 pontos e o saco de 30 kg arrematado por R$ 1,1 mil no leilão; em segundo, Rafaela Mazzottini Silva, de Pinhalão, com 84,13 pontos e a saca vendida a R$ 1 mil; e o troféu de primeiro lugar foi para Sirlene Soares do Santos Souza, também de Pinhalão, com 84,33 pontos, e a saca de 30 kg vendida por R$ 1.977 no leilão.


Sirlene Soares do Santos Souza, de Pinhalão, bairro Lavrinha, comemora o segundo título seguido de primeiro lugar na categoria Natural - Foto: Thomé Lopes

 

Na sua terceira participação, a cafeicultora Sirlene Soares do Santos Souza levou o troféu de primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo. Ela acumula três prêmios no concurso. Logo em sua estreia, levou para casa o terceiro lugar.

Sirlene conta que começou a trabalhar com café especial em 2013. Na propriedade de quatro hectares e meio, a família produz cerca de 150 sacas por ano. Aproximadamente 20% é de grãos especiais. Ela atribui a eles a melhora da renda e qualidade de vida dela, do esposo e do filho. “Os cafés especiais nos trouxeram mais visibilidade. Fiquei muito emocionada com o prêmio, não esperava ganhar novamente o primeiro lugar. É o reconhecimento pelo trabalho e dedicação e um incentivo para a gente melhorar cada vez mais”, comemora.

Cereja Descascado

O terceiro lugar na categoria Cereja Descascado ficou com Zenaide Peres da Silva, de Pinhalão, com 84,50 pontos, e a saca de 30 kg arrematada por R$ 750; o segundo lugar ficou com Rafaela de Oliveira Penha, de Pinhalão, com 84,67 pontos, e a saca vendida por R$ 800; e o vencedor foi o cafeicultor Agnaldo Peres, de Tomazina, que conquistou 84,94 pontos e teve comercializada a saca de 30 kg por R$ 1.977.


Agnaldo Peres, da propriedade em Tomazina, bairro Matão, conquistou pela primeira vez o troféu de primeiro lugar no concurso, na categoria Cereja Descascado - Foto: Thomé Lopes

 

Para o produtor Agnaldo Peres, que há 12 anos produz cafés especiais, o primeiro lugar no concurso representa uma conquista. Ele mora em Ibaiti, mas a família cultiva café em oito hectares da propriedade em Matão há pelo menos cem anos. Agnaldo diz ter sido atraído pelo projeto dos cafés especiais, em parceria com o Sebrae/PR, porque buscava uma forma diferente de cultivo. “Os cafés especiais agregaram mais renda na propriedade, especialmente, para os nossos colaboradores. É um prazer oferecer ao consumidor um produto de ótima qualidade. Graças ao projeto, nossos cafés já foram vendidos no exterior”, revela.

Nove cafeterias e torrefações do Paraná, São Paulo e Minas Gerais se inscreveram para arrematar os lotes de cafés especiais oferecidos durante a Feira.

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