Desde a criação do Prêmio Região do Cerrado Mineiro, em 2013, esta é a melhor safra no que diz respeito à qualidade, de acordo com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, promotora da premiação. O resultado da disputa foi anunciado no último dia 10 de novembro, em Patrocínio (MG) e trouxe novas maneiras de trabalhar os grãos.
Os seis produtores premiados na IV Prêmio Região do Cerrado Mineiro
Pela primeira vez os lotes dos cafés foram levados a leilão. “A iniciativa foi muito positiva e demostrou o grande interesse das empresas exportadoras pelo mercado de café com Origem Controlada”, afirmou o Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal.
Os primeiros colocados das categorias Natural e Cereja Descascado, dos produtores Ismael de Andrade e Wagner Ferrero, respectivamente chegaram a R$3.511,00 a saca, sendo o mais alto lance do leilão, arrematado pela empresa Terra Forte. Além desta, as empresas Nutrade/Nucoffee da multinacional Syngenta, Olam Agrícola, Volcafé, Bourgeon, Cafebras e Expocaccer também arremataram lotes as empresas.
Cereja Descascado
Ao todo foram provadas 232 amostras até que se chegasse as 25 melhores de cada categoria. Na categoria Cereja Descascado as notas ficaram muito próximas, as colocações foram definidas por pouco décimos. Os lotes eram compostos de 20 sacas; 14 delas foram vendidas antecipadamente, alcançando os valores de R$1.200,00 por saca para o terceiro lugar recebeu, de R$1.400,00 por saca para o segundo lugar e o campeão recebeu R$1.800,00 por saca.
Fazenda Dona Nenem ficou em terceiro lugar, com a nota de 88,29 pontos
O restante do lotes, seis sacas, foram a leilão chegando a R$3.511,00 mil para o primeiro lugar; R$2.511,00 para o segundo e 2.011,00 para o terceiro lugar. O terceiro colocado, Eduardo Pinheiro Campos, Fazenda Dona Nenem com a nota de 88,29 pontos e notas de sabor de cacau, mel, cana-de-açúcar, amora e frutas silvestres. “Sentimos um orgulho e satisfação de, não só estar entre os melhores cafés, mas também de fazer parte deste grupo de produtores de atitude”, afirmou ele, que recebeu R$2.011,00 por saca.
O segundo colocado foi Osmar Nunes Júnior, da Fazenda Freitas, com a pontuação de 88,42. O produtor recebeu R$2.511 por saca do café que se destacou com notas de chocolate ao leite, caramelo e amanteigado.
O segundo colocado foi Osmar Nunes Júnior, da Fazenda Freitas
E o campeão da categoria foi Wagner Ferrero, Fazenda Caixetas, seu café pontou 88,79, com notas de sabor de mel, caramelo, rapadura, frutas vermelhas e doce de leite. Tendo cada saca arrematada por R$3.511, o campeão da categoria cereja descascado vibrou muito quanto teve seu nome anunciado e resumiu o sentimento. “Vencer na Região dos melhores cafés do mundo é o clímax total”.
O Vencedor em CD foi Wagner Ferrero, Fazenda Caixetas. Seu café pontou 88,79, com notas de sabor de mel, caramelo, rapadura, frutas vermelhas e doce de leite
Natural
Na categoria Natural os três primeiros colocados superaram a marca de 90 pontos em qualidade. Os lotes eram compostos de 20 sacas; 14 delas foram vendidas antecipadamente. O terceiro lugar recebeu R$1.200 por saca, o segundo lugar R$1.400 por saca e o campeão R$1.800 por saca.
O restante do lote, 6 sacas, foram a leilão chegando a R$3.511 para o primeiro lugar; R$2.911 para o segundo e R$2.111 terceiro lugar.
O terceiro lugar ficou com Jorge Naimeg, Fazenda Pântano com 90,46 pontos em qualidade, destacando caramelo, mel, doce de leite, mamão, pitanga e maracujá. “Superação, trabalho em equipe e foco total em qualidade, para mim essa é a receita para estar entre os melhores do cerrado. Estou extremamente orgulhoso e feliz de estar entre os três melhores, sobretudo em um ano com tantos cafés de qualidade e produtores tão tecnificados”, comentou Jorge Naimeg.
O terceiro lugar ficou com Jorge Naimeg, Fazenda Pântano com 90,46 pontos
Já o segundo lugar foi para Tiago Castro Alves, Fazenda Barinas, o lote pontuou 91,08 e apresentou como notas de sabor licor de jabuticaba, conhaque, malte, chocolate amargo, amora, uva e groselha. “Para Barinas foi o reconhecimento do trabalho em equipe, estudo e foco. Além de poder mostrar para todos o potencial do café vindo do Cerrado Mineiro, que é um dos terroir mais nobres do mundo. E com isso, resgato também um trabalho que foi iniciado em 1950 pelo meu avô, que com certeza comemora esse prêmio”.
Em segundo lugar ficou Tiago Castro Alves, da Fazenda Barinas. O lote pontuou em 91,08
O campeão da categoria natural foi Ismael de Andrade, Fazenda Paiolinho com 92,21 pontos e sabores de mel, jasmim, flor de laranjeira, pêssego, abacaxi e frutas cítricas. Ismael de Andrade, campeão da categoria natural, reconheceu o trabalho de toda a equipe. “Somente com o trabalho de uma grande equipe é possível conseguir um café tão excepcional”, pontuou.
O campeão da categoria natural foi Ismael de Andrade, Fazenda Paiolinho com 92,21 pontos
Lotes
Entre os 44 lotes ofertados e vendidos, o IV Prêmio movimentou um montante de R$1.059.371,60 e 10% do valor da venda dos lotes no leilão deverá ser revertido em projetos de pesquisa e desenvolvimento de qualidade de bebida na Região do Cerrado Mineiro. Para alcançar o mercado nacional, parte dos lotes dos três primeiros colocados de cada categoria foi vendida de forma antecipada para cafeterias, torrefações e micro torrefações. Foram elas Lucca Cafés Especiais, Suplicy Cafés Especiais, Nuance Cafés Especiais, Mundo Café, Dulcerrado Cafés Especiais do Produtor e a Três.