A maioria dos ruandeses são adeptos do chá por ser mais barato e prático de encontrar. Isso porque 63% dos ruandeses, incluindo os agricultores, ganham menos de dois dólares por dia e um café na região custa aproximadamente esse preço.
“Eu faço o café para o negócio e o dinheiro que ganho eu uso em outros projetos. Não estamos interessados em consumir café, já que uma xícara é muito cara. O dinheiro é o nosso alvo”, disse Vincent Habumugisha, produtor de café.
Os moradores da cidade na capital Kigali estão abraçando mais esse ‘luxo’, já que houve um aumento no número de lojas especializadas em café. “Em Ruanda não temos a cultura de consumir café. Então, obviamente, temos alguns expatriados (pessoas que vivem e trabalham fora de seu país natal) que conhecem e sabem sobre o grão de qualidade e vêm até aqui em busca disso. Mas também temos os ruandeses que descobrem sobre o café, que querem se afastar do solúvel e descobrir o novo”, afirmou Micheline Habineza, gerente do Question Coffee Centre.
De acordo com o site de Ruanda Export, existem cerca de 400 mil famílias de pequenos agricultores que atualmente produzem café, com as exportações aumentando ano a ano. À medida que a produção cresce, o país espera aumentar seu consumo, que é de apenas 3% da produção total.
As informações são do AfricaNews / Tradução Juliana Santin.