Rondônia recebeu um programa de prevenção e controle das mudas de café, implantado pela Defesa Sanitária Agrosilvopastoril, para a prevenção do Meloidogyne spp, uma praga que não possui controle eficaz e muitas vezes são confundidas em campo com outros problemas, como deficiência de adubação e pião torto.
De acordo com Renê Suiaden, fiscal Estadual Agropecuário e coordenador da Fiscalização de Sementes e de Mudas, já se pode observar efeitos positivos na melhoria do sistema de produção das mudas. “Os produtores estão aperfeiçoando a estrutura física e tratos culturais adotados na produção das mudas de café, com a preocupação de seus produtos estarem livres de nematoides e outras pragas, que reflitam diretamente na qualidade sanitária das espécies”, afirmou.
Ele ressalta que a prevenção acontece à medida que deve ser adotada, principalmente por meio da atuação do profissional Engenheiro Agrônomo na indicação de cuidados e no monitoramento durante a produção das mudas de café, com a análise laboratorial das raízes no final do processo de produção, antes da comercialização.
Segundo o presidente da Agência da Idaron, Júlio Cesar Rocha Prestes, em 2016, a portaria nº 558/Idaron entrou em vigência. Na época, haviam 42 viveiros cadastrados como produtores de mudas de café para comercialização na agência Idaron. Esse número já passou para 97 viveiros ativos e a produção de mudas certificadas têm sido incrementada a cada ano, desde a vigência da legislação, aumentando cerca de 30% após o primeiro ano a implantação do programa, 50% no segundo ano, com aproximadamente 22 milhões de mudas de café declaradas nos processos de Certificação Fitossanitária de Origem no último ano.
Renê destaca que em 2017 foi constatado e impedido de serem comercializadas aproximadamente 5% das mudas de café produzidas, por estarem contaminadas por nematoides. Já em 2018 houve uma diminuição considerável, baixando para 1%, o que demonstrou a evolução nos sistemas de produção e controle da introdução e disseminação de nematoides nas mudas de café que passam pelo o processo de Certificação Fitossanitária de Origem.
As informações são do Secom Governo do Estado de Rondônia (por Antonia Lima e fotos de Jerfeson Mota, Frank Nery e Arquivo Secom)