Um relatório do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV) destaca que, de um modo geral, os preços do café apresentaram altas sucessivas ao longo de todo o mês de agosto.
Comparando as médias de agosto com julho deste ano, os arábicas “Bebida Dura” e “Bebida Rio” tiveram altas de 12% e 22%, respectivamente. Já o café canéfora (conilon) revelou um aumento de 18%. Em relação a agosto de 2020, as altas foram de 85% e 106% para arábica “Duro e “Rio” e de 61% para o canéfora.
Em agosto deste ano, a maior variação do canéfora (conilon) foi registrada entre os dias 25 e 26. No geral, o aumento do preço tem encontrado suporte na oferta reduzida de café robusta do Vietnã, devido à escassez de contêineres na Ásia. Esse cenário foi reforçado pelas restrições impostas pelo primeiro-ministro do Vietnã em virtude da preocupação com o aumento de infecções por covid-19 que provocou o fechamento de portos e ameaçou reduzir as exportações de café robusta.
Já os arábicas, os preços também têm mostrado subidas constantes. As maiores variações foram registradas entre os dias 24 e 25, tendo em vista a queda de 1,04% no dólar e a subida de 0,6 usc/lb na Bolsa de Nova York. A alta da bolsa foi motivada pela possibilidade de chuva em algumas áreas do parque cafeeiro brasileiro. Entretanto, se as chuvas ocorrerem sem continuidade, a florada da próxima safra pode vir a ser afetada. Os meses de dezembro e novembro têm sido usados como base para a cotação das Bolsas Nova York e Londres, respectivamente, por serem, atualmente, os meses com mais posições em aberto.
As informações são do Centro do Comércio de Café de Vitória.