O mercado de café acompanha as condições das lavouras brasileiras que enfrentaram, em 2020, o déficit hídrico e as altas temperaturas. Apesar da espera por números oficiais para a produção de 2021, o produtor que está diariamente no campo já começa a visualizar melhor o cenário para o ano que vem.
Em algumas regiões produtoras choveu na última semana de novembro e, apesar da precipitação levar alívio para o solo, não recupera as perdas para 2021. Na região de Ibiraci (MG) e Claraval (MG), o Sindicato Rural prevê uma quebra de, pelo menos, 50% na produção de café arábica. Em outubro, os números consolidados de perda já estavam em 30%.
De acordo com Anivair Teles Rodrigues, presidente do Sindicato, a seca prolongada e as altas temperaturas continuaram castigando os cafezais, aumentando inclusive a área de poda em toda a região. "Com pouco café, fica muito caro para colher, então o produtor que viu que ia ter menos carga, optou pela poda. Em anos assim, diminui a produção e o serviço aumenta", comenta.
Assim como nas demais cidades de Minas Gerais, a grande florada aconteceu em setembro, mas sem o retorno efetivo das chuvas e as altas temperaturas impossibilitaram o bom pegamento da florada. Em um ano de bienalidade alta, como foi 2020, os dois municípios juntos produziram cerca de 700 mil sacas de 60 kg. Para o próximo ano, considerando também o ciclo de bienalidade baixa, Anivair acredita que a produção não deve passar de 250 mil sacas.
As informações são do Notícias Agrícolas.