Os contratos futuros do café arábica registraram movimento de recuperação após a realização de lucros ocorrida na semana antecedente. A alta foi puxada pelo enfraquecimento do dólar ante o real. Em Nova York, o vencimento mar/2021 subiu 350 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,2105 por libra-peso. Já na ICE Europe, o vencimento jan/21 do café canéfora (robusta) fechou a US$ 1.326 por tonelada, com recuo semanal de US$ 11.
Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 1,7% na comparação com o real. A divisa brasileira recebeu suporte, entre outros pontos, de intervenções do Banco Central, fatores técnicos e noticiário positivo no País sobre vacinas contra o novo coronavírus. O dólar fechou a quinta-feira (10) no menor nível desde 12 de junho, cotado a R$ 5,0379.
Em relação ao clima, as preocupações ainda persistem sobre o cinturão cafeeiro nacional, pois agentes entendem que, mesmo com o retorno de precipitações mais volumosas, ocorreram perdas irreversíveis devido à estiagem e às altas temperaturas entre agosto e novembro.
Segundo a Somar Meteorologia, a semana termina com possibilidade de chuva forte entre Minas Gerais e Espírito Santo. A região entre São Paulo e Rio de Janeiro também tem chance de receber temporais, mas de forma isolada e com menores volumes. Para o começo da próxima semana, o serviço meteorológico informa que há condição para pancadas isoladas de chuva na região sudeste, mas também com volumes baixos.
No mercado físico, foram realizados alguns negócios com cafés mais finos no pico das cotações, mas, de maneira geral, os produtores estão afastados do mercado. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 586,40/saca e R$ 393,92/saca, respectivamente, com variações de 0,8% e -1,0%.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).