O Quênia planeja dobrar suas exportações de café para os EUA, maior consumidor mundial da bebida, através da comercialização de grãos de qualidade premium da nação da África Oriental.

"A América do Norte é um grande mercado para o café especializado e esperamos que a visibilidade do café do Quênia ajude a aumentar nossa participação de mercado nos Estados Unidos", disse Kiplimo Melli, diretor do Coffee Directorate do Quênia, em Nairobi, capital do país.

O quinto maior produtor de café da África exportou 6,1 milhões de quilos de café para os EUA em 2015/2016, de 7 milhões de quilos no ano anterior, representando 14% do total das exportações de café. O Quênia quer que cerca de 30% de sua safra termine nos EUA até o final de 2019, disse ele.

A Alemanha comprou o café mais especializado do Quênia na última estação, com 8,17 milhões de quilos, seguida por Bélgica, com 7,4 milhões de quilos. Embora o Quênia seja um produtor pequeno em comparação com produtores regionais, como Etiópia e Uganda, seus grãos são altamente procurados por sua acidez, e muitas vezes usado em misturas para melhorar o café de outras origens.

Os preços médios de exportação para os EUA foram os mais altos em 2015/2016, em US$296 por saca de 50 quilos, 18% acima do que na Alemanha, de acordo com estatísticas governamentais.

Os produtos da nação serão exibidos como um "retrato do país" no simpósio da Specialty Coffee Association of America em Seattle, sede da Starbucks Corp., sendo expostos a mais de 12.000 produtores, torrefadores e compradores presentes. Isto segue uma delegação de compradores americanos que visitaram as regiões cafeeiras do Quênia em novembro.

As exportações de café aumentaram em 6%, para 44.400 toneladas, na estação de 2015/2016, gerando US$ 206 milhões ao Quênia. As vendas para os EUA representaram US$ 32,8 milhões no mesmo período.

As informações são do Bloomberg / Tradução por Juliana Santin