Colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, destacam que a maior parte dos compradores e, especialmente, os vendedores esperam uma melhor definição da produção da nova safra para então retornar ao mercado.
Outro fator que tem mantido agentes retraídos é a forte oscilação dos futuros – os preços externos vêm sendo influenciados por movimentos técnicos e, no caso do café canéfora, pelo aumento dos embarques do Vietnã neste mês.
No mercado doméstico, as cotações têm tido menor variação, mantendo-se em patamares elevados. Especificamente para o canéfora, produtores estão mais capitalizados nesta safra, devido à recente elevação dos preços, e devem vender o restante de sua mercadoria apenas em momentos de necessidade ou com novas valorizações da variedade.
Café verde
Segundo a Associação de Café Verde (GCA, na sigla em inglês) a quantidade de café verde armazenado nos portos dos Estados Unidos caiu 10.029 sacas de 60 kg até o fim de dezembro, para 5,83 milhões de sacas, a quarta redução mensal consecutiva e o menor patamar desde junho.
A redução era esperada uma vez que os torrefadores de todo o mundo estão dependendo de estoques locais, pois lidam com dificuldades de envio e atrasos para trazer mais produtos dos países produtores.
Os analistas esperavam uma queda ainda maior, já que os estoques de arábica certificados mantidos pela ICE vêm caindo constantemente nas últimas semanas. Os dados da GCA incluem tanto o café nos armazéns da bolsa da ICE quanto os volumes mantidos por outros participantes do mercado nos portos dos EUA.
As informações são do Cepea e Reuters.