Os contratos futuros de café arábica na ICE caíram quase 3% na última segunda-feira (2), com o dólar forte impulsionando as vendas de produtores e limitando as compras de investidores que detêm outras moedas, enquanto o açúcar bruto caiu para o menor preço desde meados de março.
Os volumes foram mais leves com o mercado de Londres de açúcar branco e o café robusta fechado devido ao feriado. O café arábica para julho fechou em queda de 6,2 centavos de dólar, ou 2,8%, a 2,159 dólares por libra-peso, perto da mínima de um mês de 2,1455 dólares, registrada na semana passada.
Operadores disseram que o mercado foi fortemente influenciado pelas perspectivas macroeconômicas nos Estados Unidos e preocupações com o crescimento econômico chinês, impulsionando o índice do dólar e levando os investidores a reduzir o risco.
A moeda brasileira foi negociada em seu nível mais fraco em relação ao dólar desde meados de março, potencialmente aumentando o fechamento de vendas dos agricultores locais.
Já na manhã desta quarta-feira (4), o mercado futuro do café arábica abriu o pregão com valorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Mantendo o cenário esperado, o café continua operando com bastante volatilidade e observando os fatores externos além dos fundamentos, como câmbio e guerra.
De acordo com Eduardo Carvalhaes, o produtor de café participa do mercado à medida que precisa fazer caixa e o mercado segue travado nas principais praças de comercialização do país. "Sem estoques e no final do período de entressafra no Brasil, em um ano de produção pequena, 2021, deveremos ter uma queda maior dos embarques brasileiros de café, em abril, e nos próximos meses", destacou em sua última análise.
Por volta das 08h50 (horário de Brasília), julho/2022 tinha alta de 305 pontos, negociado por 221,05 cents/lbp; setembro/22 tinha valorização de 300 pontos, cotado por 220,80 cents/lbp; dezembro/22 tinha alta de 330 pontos, cotado por 220,60 cents/lbp; e março/23 tinha alta de 325 pontos, valendo 219,70 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o café canéfora (conilon) também abriu com valorização. Julho/2022 tinha alta de US$ 20 por tonelada,negociado por US$ 2137; setembro/2022 avançava US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2130; novembro/2022 tinha valorização de US$ 7 por tonelada, cotado por US$ 2119; e janeiro/23 tinha alta de US$ 1 por tonelada, valendo US$ 2108.
No mercado interno, o tipo 6 bebida dura bica corrida manteve a negociação por R$ 1.280, Poços de Caldas (MG) por R$ 1.270, Patrocínio (MG) manteve por R$ 1.280, Varginha (MG) manteve por R$ 1.280.
O tipo cereja descascado manteve a negociação por R$ 1.330 em Guaxupé (MG), Poços de Caldas (MG) manteve por R$ 1.380, Patrocínio (MG) manteve por R$ 1.310 e Varginha (MG) manteve por R$ 1.340.
As informações são da Reuters e Notícias Agrícolas.