A semana de 3 a 7 de maio encerrou com números positivos para os contratos futuros do café arábica, com altas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Os contratos foram impulsionados, em grande parte, por conta da perspectiva de oferta global apertada este ano, principalmente porque a safra brasileira deve ser a menor. Os contratos romperam com facilidade 150 centavos de dólar por libra-peso, nível que não era observado nos últimos quatro anos.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/2021 fechou a quinta-feira (6) a US$ 1,5350 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal de 1.355 pontos. NA ICE Europe, o vencimento maio/2021 do canéfora (robusta) subiu US$ 90,00, fechando a sessão de ontem a US$ 1.508 por tonelada.
O dólar comercial apresentou queda em relação ao real e contribuiu para puxar as cotações das commodities cotadas na divisa norte-americana. Na sexta-feira, o real teve o melhor desempenho ante a moeda norte-americana no mercado internacional, considerando as 34 divisas mais líquidas. A entrada de fluxo externo e a expectativa de mais recursos estrangeiros pressionaram a divisa norte-americana. No fechamento, o dólar à vista encerrou em baixa de 2,85%, a R$ 5,277.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que a formação de um bloqueio atmosférico mantém o tempo seco na maior parte do Brasil Central. Os meses de março e abril deste ano tiveram chuvas abaixo da média, o que teria prejudicado o enchimento final dos grãos em algumas lavouras de arábica do Brasil. Já o mês de maio é historicamente seco, o que é positivo para colheita e secagem dos grãos. As frentes frias não conseguem avançar pelo País, levando chuva apenas para o Rio Grande do Sul. Porém, a previsão é de que, a partir de 13 de maio, haja chuva fraca entre o nordeste do Paraná e a Alta Paulista.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica tiveram alta. Segundo os pesquisadores, os preços da variedade alcançaram novo recorde nominal da série histórica do Cepea. Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 828,03 por saca e R$ 465,47 por saca, respectivamente, com variações de 5,81% e 2,08%.
Na manhã desta terça-feira (11), o mercado futuro do café arábica voltou a operar com altas para os principais contratos no pregão na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Os contratos voltam a subir após uma sessão de realização de lucros e baixas na última sessão.
Por volta das 9h09 (horário de Brasília), julho/2021 tinha alta de 160 pontos, negociado por 149,65 cents/lbp; setembro/2021 tinha valorização de 155 pontos, negociado por 151,55 cents/lbp; dezembro/2021 tinha alta de 145 pontos, valendo 153,90 cents/lbp; e março/2022 subia 145 pontos, valendo 156 cents/lbp.
Na Bolsa de Londres, o canéfora (conilon) também abriu com valorização. Julho/2021 tinha alta de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 1530; setembro/2021 tinha alta de US$ 11 por tonelada, valendo US$ 1553; novembro/2021 tinha alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1568; e janeiro/2022 registrava alta de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 1581.
De acordo com analistas, a tendência ainda é de preços firmes para o café, considerando a quebra de safra brasileira e também os problemas logísticos na Colômbia.
As informações são da Comunicação Conselho Nacional do Café e do Notícias Agrícolas.