O ministro da Agricultura da Tanzânia, Japhet Hasunga, disse na quinta-feira que a meta do país de produzir 100 mil toneladas de café nos próximos quatro anos pode não ser alcançada, devido à dependência de variedades antigas de café suscetíveis a doenças e pragas.
Lançando novas diretrizes sobre a produção de café na principal região produtora de Kilimanjaro, Hasunga disse que a maioria das variedades atuais é vulnerável a ataques de doenças e pragas, resultando em baixos rendimentos. "O principal problema enfrentado pela indústria cafeeira é o uso contínuo de cafeeiros velhos suscetíveis a doenças e pragas", disse.
Para ele, o país deveria começar a desenraizar as árvores de café velhas e substituí-las pelas variedades de alto rendimento e resistentes a doenças. Hasunga também comentou que novas técnicas agronômicas, incluindo o cultivo de variedades recém-introduzidas, conforme recomendado pelos especialistas da safra comercial, terão aumento no rendimento.
O ministro solicitou que o Conselho do Café da Tanzânia (TCB) e o Instituto de Pesquisa do Café da Tanzânia (TACRI) garantissem que novas variedades fossem distribuídas aos agricultores.
O setor cafeeiro precisa de uma grande reforma por conta do declínio dos ganhos para a economia. Estatísticas recentes do TCB mostraram que as exportações de café para a safra 2019/2020 foram estimadas em 50 mil toneladas, abaixo das 68 mil toneladas da safra 2018/2019.
Até 2000, o café contribuía com pelo menos 5% das receitas de exportação da Tanzânia, com as regiões de Kilimanjaro e Arusha sendo responsáveis por 20% das exportações. Em 2010, a participação do país no café global havia caído para apenas 0,8%, embora a Tanzânia estivesse em terceiro lugar (depois do Quênia e da Etiópia) na exportação de café arábica.
As informações são do Xinhua / Tradução Juliana Santin