O Centro de Inteligência em Mercados (CIM) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) comemora o sucesso da parceria com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) com o projeto Campo Futuro, que já percorreu 27 mil quilômetros, envolveu 290 pessoas, teve 25 painéis de levantamento de custos de produção e 25 boletins gerados em 25 cidades e 9 estados visitados.
A ideia do projeto é aliar a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de custos, riscos de preços e gerenciamento da produção. Segundo o coordenador do projeto no CIM/UFLA, Heitor Parreiras, é a maior base de dados de custos de produção do Brasil, dando base para que milhares de produtores possam tomar decisões assertivas no negócio.
A parceria teve início em 2007 com o levantamento de custos de café. A partir de 2010, a fruticultura tornou-se outro objeto de estudo. Em 2017, as hortaliças também passaram a integrar as competências do projeto na universidade. Ao longo de 11 anos, foram 195 painéis realizados em 14 diferentes estados, além do Distrito Federal. Hoje, 20 diferentes agronegócios são trabalhados pelo CIM: café, 11 frutíferas e 8 hortículas.
O levantamento das informações é realizado através de painéis que ocorrem nas principais regiões produtoras de cada produto, em municípios com significativa participação na produção nacional. O painel consiste em uma reunião técnica in loco, com a presença de produtores, representantes dos sindicatos rurais, técnicos de federações e da CNA, entre outros, para a definição de uma propriedade modal na região e o levantamento de dados. A partir da coleta, são elaboradas análises mensais acerca dos dados trabalhados no ano corrente. O material é divulgado no site da CNA - https://www.cnabrasil.org.br/publicacoes/?instituicao=cna&tipo-conteudo=boletins.
Segundo o coordenador geral do CIM/UFLA, professor Luiz Gonzaga de Castro Júnior, o projeto constitui-se também em uma fonte de dados que contribui de forma efetiva para a aproximação da academia com a realidade do mercado. “Como consequência, cito a geração de monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado e artigos. Até o momento, foram desenvolvidas, no âmbito do projeto Campo Futuro, cerca de 60 publicações científicas”, contabilizou.
Desde 2015, no final de cada ano, é elaborado um livro de resultados do projeto em conjunto com os centros de pesquisa em todo o Brasil, com lançamento no Seminário Nacional do Campo Futuro, em Brasília/DF. Este ano, o evento ocorrerá em 24 de outubro e contará com nova publicação.
As informações são da Ascom InovaCafé.