Produtores do Sul de Minas estão otimistas com a qualidade da nova safra 2020/2021. Em todo o País, a expectativa é de que a produção do arábica fique entre 43 e 45 milhões de sacas, e ó na região devem sair mais de 17 milhões de sacas.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, diversas medidas de segurança foram adotadas para não colocar os funcionários em risco. Em uma fazenda de Três Pontas, que conta com 147 hectares em produção, a expectativa é que sejam colhidas pelo menos 10 mil sacas. Por isso, foi preciso manter um alto número de funcionários.
“No entorno de 65 pessoas entre colheita e pós-colheita. Tivemos que contratar um grupo de 23 pessoas para nos ajudar no processo da colheita. Com tudo isso, obviamente no ano de coronavírus, tivemos que criar um protocolo interno para a gente garantir a segurança dos trabalhadores e a segurança de todos na verdade”, destacou a cafeicultora Carmem Lúcia Chaves de Brito.
O cumprimento desse protocolo começa já no transporte dos trabalhadores, com a higienização das mãos. Nas viagens, todos têm que usar máscara. Já no cafezal, há ainda mais rigor: cada área pode ter só um trabalhador e os equipamentos não podem ser compartilhados.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) criou uma cartilha para orientar os produtores de todo o estado quanto à segurança no campo. O mesmo foi feito pelos sindicatos rurais.
“Máscara é obrigatória, é claro. Há a questão da lavagem das mãos com água e sabão, uso de álcool em gel e principalmente a quantidade de empregados no transporte. Essa época se contata bastante mão de obra para colher o café, principalmente na nossa região, e assim o transporte é feito através de kombis, vans ou ônibus. Isso caiu para a metade, o número de pessoas por condução”, explicou o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Varginha, Arnaldo Botrel.
Essas recomendações também foram adotadas no processo de pós-colheita. Em uma das propriedades, são usados cinco terreiros diferentes para secar o café, o que ajuda no distanciamento dos funcionários.
Além disso, eles adotaram um sistema de cores. Cada trabalhador tem a sua vassoura, espátula, rodo com uma cor específica. Isso ajuda a não misturar os equipamentos com os dos colegas.
“Se por acaso outro funcionário for utilizar, ele já tem a informação que ele tem que higienizar e a consciência para que não corra risco nenhum. O álcool em gel está disponível em todo lugar, na fazenda toda, nos locais em que se faz atividades em mais de uma pessoa”, apontou o coordenador de terreiro, Denilson Aparecido Inácio.
As informações são do portal G1 Sul de Minas.