O Sistema Faemg/Senar/Inaes promove o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) e, após um ano de trabalho com os cafeicultores de Divino, em Minas Gerais, já sentem a diferença no campo.
A técnica Sandy Espinoso destaca que as mudanças no município começaram com práticas simples, mas essenciais. “Um dos nossos primeiros e grandes avanços foi em relação à análise de solo e a seguir as recomendações sugeridas. Tivemos propriedades com economia de aproximadamente R$ 9 mil depois disso. Muitos produtores não faziam análise do solo e também não tinham o hábito de anotar os gastos, receitas e controle de produção”, explicou.
Maria Aparecida Silva é agricultora familiar e conta que a participação no ATeG garantiu o aumento na produção e diminuição dos custos: “ano passado enfrentamos uma situação difícil e gastamos muito com a lavoura. Com a assistência da Sandy, economizamos e estamos colhendo muito café. Eu, meu marido, meu filho e minha nora estamos trabalhando satisfeitos. Só temos a agradecer a esse Programa. Sabendo que esse é só o primeiro ano e esperamos melhorar bastante ainda”.
Cafeicultora Maria Aparecida Silva - Foto: Sandy Espinoso
O investimento na qualidade do café também é uma das principais ações desenvolvidas em Divino. Das 30 famílias agricultoras analisadas por Sandy, 22 investiram na produção de café especial construindo terreiros suspensos e colheita seletiva. A técnica diz que muitas famílias não sabiam o que era o café especial, acreditavam que não tinha como fazer esse café na propriedade deles, mas aceitaram o desafio e estão tendo ótimos resultados.
Caso da família de Letícia e Alex Ferreira, que viu o ATeG transformar a produção de café feita no Sítio Cachoeira Alegre há 100 anos. “Somos a quarta geração trabalhando no cultivo do café, com a alegria de trabalhar juntamente com a terceira geração, ainda trocando experiências. A chegada do ATeG nos ajudou a ter uma nova visão a respeito da cafeicultura, a encarar a nossa propriedade como uma empresa e ver que precisava e ainda precisa mudar muita coisa, principalmente no quesito administrativo”, contou Letícia.
Cafeicultora Letícia Ferreira e família - Foto: Sandy Espinoso
O Programa também estimulou o aprendizado que, segundo a produtora, veio aprimorar o cultivo de cafés de qualidade que a família produz. “O ATeG tem despertado o desejo de conhecer ainda mais sobre esse fruto tão mágico. Já tive a oportunidade de fazer alguns cursos através do Senar relacionados ao café, como colheita e pós-colheita, classificação e degustação de cafés, torra e barista”, comentou Letícia.
A produtora lembra a importância do apoio oferecido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Divino e o excelente trabalho da mobilizadora Viviane Cunha para garantir o acesso ao conhecimento e avanços proporcionados pelo ATeG.
“O primeiro passo foi dado, agora é trabalhar em busca da qualidade não só do café, como também a qualidade de vida. O Senar anda lado a lado com o produtor rural dando todo o apoio, e isso é fundamental pois gera confiança para investirem cada vez mais na propriedade”, afirma Sandy sobre o primeiro ano de ATeG em Divino.
O programa nos municípios de Divino e Orizânia assiste a duas turmas com o total de 60 agricultores e também conta com a atuação do técnico Danilo Mendes.
As informações são da Assessoria de Imprensa Senar Minas – Regional Viçosa.