O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Divino e Orizânia, municípios localizados em Minas Gerais, completa, no mês de julho, um ano de trabalho junto a 60 cafeicultores. Programa que seguirá até 2023 levou resultados positivos na qualidade do café e as novas possibilidades de comercialização.
Para a mobilizadora do Sindicato de Produtores Rurais de Divino, Viviane Cunha, o programa conscientizou o produtor rural sobre a necessidade de buscar conhecimento e usar a tecnologia, mostrando que é possível melhorar e a importância do trabalho em conjunto.
“Foram muitas mudanças em um ano. Por exemplo, uma das turmas tinha apenas um produtor com terreiro suspenso, hoje são 19. Temos duas torrefações em propriedades de Divino e produtor pronto para beneficiar o seu café. Isso é muito significativo para o município”, complementou.
O técnico Danilo Mendes atende 25 produtores em Divino e cinco em Orizânia, e aponta que os principais avanços estão relacionados ao manejo das lavouras e ao ganho em produtividade. “Com o acompanhamento técnico, os produtores estão fazendo análises de solo e seguindo as recomendações para o manejo nutricional”, disse Viviane.
O interesse pela produção de café especial também cresceu, segundo Danilo, muitas propriedades estão começando os trabalhos para a melhoria da qualidade do café, fazendo o mapeamento, identificando o potencial de cada talhão e aprimorando os processos de pós-colheita. Na região, o ATeG assiste muitos agricultores familiares e, segundo Danilo, o programa tem colaborado para que todos se interessem mais pela produção e gestão.
“Muitos jovens passaram a fazer cursos do Sistema FAEMG/SENAR MINAS para se aprimorar, e isso fortalece a cafeicultura e os laços da família com o campo. Esse movimento também traz a questão da sucessão familiar como algo possível e vantajoso, um ponto importante que a gente trata com os produtores”, explicou.
Relatos
Na fazenda Pedra Branca, no município de Divino, a família do produtor Lênio Vilete tem uma marca de café e se dedica à produção do café especial. O filho, Breno Vilete, fez cursos de Classificação e Degustação de Café, Torra e Barista e aplica o conhecimento nos negócios.
“Com o apoio técnico do ATeG, aprendemos a trabalhar melhor o nosso café. Hoje conseguimos fazer uma bebida melhor, agregando valor ao produto e aumentando a nossa renda. Os cursos que fiz também fazem a diferença no nosso dia a dia”, contou.
Em Orizânia, o produtor Otniel Henrique fez a primeira venda de café especial recentemente com a saca negociada a R$1.300. Para ele, o programa foi fundamental para alcançar a qualidade e a valorização do produto.
Os produtores Vilma e Jorge dos Santos, de Divino, atentos à pós-colheita, construíram uma estufa, conforme as orientações do técnico. “Estamos fazendo ajustes para garantir um bom funcionamento e melhorando para nos poupar tempo e recursos”, disse Vilma.
O casal Eva e Rogério Souza mudou a perspectiva sobre o café após ingressar no ATeG. “Os resultados chegaram mais rápido do que a gente imaginava. Recebemos muita orientação e todos do Sistema FAEMG/SENAR MINAS têm muita disponibilidade para nos ajudar. Participar do Programa tem sido uma experiência maravilhosa”, disse Eva.
Ela destaca a Semana Internacional do Café (SIC) como um momento marcante e decisivo para estimular a família a se dedicar à produção de café de qualidade. “Na SIC eu conheci outro café. Foi um despertar para tudo que ele pode oferecer. Com auxílio da técnica Sandy Espinoso, fizemos a primeira colheita do café especial e ficamos felizes com o resultado”.
As informações são da Assessoria de imprensa do Imprensa Senar Minas – Regional Viçosa (Por Lílian Moura).