Segundo a Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC), o principal desafio dos produtores tem sido evitar a disseminação da broca-do-café. Os dois meses de quarentena, devido ao coronavírus, dificultaram a busca por pessoas para realização da colheita, o que pode aumentar os problemas com essa praga.
Com isso, a produção recuou nos quatro primeiros meses do ano por conta da falta de chuvas, que atrasou a florada. As precipitações abaixo da média também impulsionaram as infestações por brocas-do-café.
“A broca tem sido e continuará sendo um fator de distorção, além de uma dor de cabeça neste ano”, afirmou à Reuters o presidente da Federação, Roberto Vélez. “Com a escassez de mão de obra, certamente haverá uma maior queda de café e isso gera um potencial aumento nos níveis da broca”, completou ele.
A Federação alerta para que produtores não deixem de colher frutos maduros e não permitam que se acumulem sob os pés. Até este momento, a praga afetou cerca de 6% da safra, ante 3% no ano passado.
Os cafeicultores colombianos já enfrentavam uma persistente falta de mão de obra, à medida que os jovens se mudam para as cidades e evitam o trabalho pesado no campo. Com as medidas de restrição devido ao coronavírus, a tarefa de encontrar trabalhadores ficou ainda mais difícil.
Vélez projetou que a produção de café do país deverá cair para cerca de 14 milhões de sacas de 60 quilos neste ano, após um recorde de 14,8 milhões de sacas em 2019.
As informações são da Reuters (Por Luis Jaime Acosta).