Um concurso feito por elas e para elas. As cafeicultoras das cooperativas ligadas ao Sistema Região do Cerrado Mineiro (RCM) anunciaram recentemente a realização de um concurso para os cafés produzidos por cafeicultoras cooperadas.
O projeto é uma organização da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocaccer), com a realização das cooperativas do Sistema RCM: Carmocer; Carpec; Coagril; Coocacer Araguari; Copadap e Monteccer. Chamado de Concurso de Qualidade de Cafés “Festival Elas no Cerrado Mineiro”, visa promover a qualidade dos cafés e o fortalecimento da intercooperação existente entre as participantes.
De acordo com a Trader de Cafés Especiais da Expocaccer, Sandra Moraes, a iniciativa surgiu da vontade de promover os cafés produzidos pelas cooperadas. “A cada safra percebemos o crescimento da participação feminina na cafeicultura, especialmente aqui na Região. Dentro das cooperativas já realizamos diversos trabalhos de incentivo à produção de qualidade e reconhecimento do trabalho desenvolvido por elas, seja por meio de capacitações ou de projetos exclusivos como é o caso do Elas no Café. O resultado disso tudo pode ser comprovado na excepcionalidade dos cafés apresentados. O Festival vem para mostrarmos ao Brasil e ao mundo os cafés produzidos por essas mulheres”, comenta.
Para o concurso, foram apresentadas 144 amostras de cafés, que estão sendo provadas por Q-Graders das cooperativas participantes e que, por meio de uma avaliação às cegas, com a identificação dos lotes codificada, farão o ranqueamento dos cafés.
Participam do Festival Elas no Cerrado Mineiro as esposas, filhas e netas de associados às cooperativas do Sistema RCM. A revelação das vencedoras do Festival será realizada durante a Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte (MG), no dia 17 de novembro, no estande da Região do Cerrado Mineiro, onde todas as cooperativas estarão presentes como expositores.
A Superintendente da Coocaccer Araguari, Eliane Cristina, destaca a importância do Festival Elas no Cerrado Mineiro sob os vários aspectos: “Do ponto de vista da qualidade, o evento traz uma motivação para as cafeicultoras, com um espaço voltado para apresentação dos seus cafés. Do ponto de vista da sucessão, do envolvimento familiar na sociedade, o Festival foi organizado, possibilitando a participação de cooperadas, esposas, filhas, netas e familiares de cooperados que ajudam na fazenda, mas nem sempre aparecem, dessa forma, a traz também a oportunidade de destacar o trabalho dessas mulheres. Do ponto de vista da intercooperação, a ação fortalece todas as cooperativas e demonstra a união que existe entre nós e, ao mesmo tempo, que sem esta união não poderíamos realizar um evento como este”.