Na tarde de hoje (21/11) aconteceu, durante a Semana Internacional do Café, o Fórum da Cafeicultura Sustentável, foi criado em 2014 e busca a discussão entre profissionais do setor para analisar as práticas realizadas na cafeicultura nacional e internacional e os próximos passos para o desenvolvimento.
Na abertura foi abordado o tema: Como se tornar um produtor 4.0? e contou com a presença de Dr. Antonio Guerra (Embrapa Café); Gabriel Agrelli (Daterra Coffee); José Renato (Presidente da Orfeu Cafés Especiais e Fazenda Sertãozinho) e Claudia Leite (Gerente de Cafés e Sustentabilidade da Nespresso no Brasil.
Produtor vai ter que se preocupar mais ainda com o clima, que muda sempre. Temos que estar preparado para isso, pois traz riscos para a atividade agrícola, vamos ter que agir com intensificação no sistema de produção, consumidor está cada vez mais exigente.
Agricultura 4.0 realidade com a tecnologia, hoje sofre uma revolução fantástica, temos sistema digital conectados a software, máquinas e outros sistemas que facilita a vida de todo mundo, por isso, temos que nos adaptar a essa realidade. Inovação na produção de alimentos, controle e rastreio de ponta a ponta.
Com a tecnologia o Brasil saiu da insegurança alimentar, com um grande sistema de pesquisa e inovação.
“Pesquisa e inovação é o fundamento para podermos crescer com sustentabilidade”, afirmou Antonio.
Antonio elencou os pontos principais para se tornar um produtor 4.0, como: usar tecnologia para simplificar, sistemas que ajude no controle da gestão; reduzir custos e eliminar desperdícios; sistemas sustentáveis; lavoura na palma da mão; analise se a tecnologia economiza seu tempo e esforço.
Gabriel Agrelli, da Daterra Coffee, apresentou a história da fazenda que fica no Cerrado em Minas Gerais. A ideia sempre foi produzir um café sustentável, como produzir um produto agrícola que conseguisse regenerar a fazenda, precisava de qualidade para vender o produto. “A Daterra ajudou a mudar um pouco da visão do café no mundo”.
Segundo Gabriel toda a fazenda tem acesso à informação, rápido e fácil para corrigir os problemas, até chegar ao resultado final. Daterra foi uma das primeiras fazendas a embalar café a vácuo, nos anos 2000. “Sabíamos como isso era melhor para o grão, hoje, as maiores fazendas trabalham com essa embalagem. Café de leilão são só embalados a vácuo, vimos que precisamos de um produto diferenciado, separado do commodity”.
“A ideia é desafiar o nosso café a produzir cafés que não são comuns”, concluiu Gabriel.
Na sequencia José Renato apresentou a Fazenda Sertãozinho e a produção do café Orfeu, talhões das fazendas são mapeados, tudo é separado e assim são produzidos os microlotes. “Plantio de novas genéticas, hoje temos inúmeras variedades, investimos nisso”. Além disso, a fazenda conta com mecanização da montanha; irrigação por gotejamento; equipamentos de última geração, para produzir os cafés especiais da marca, “um trabalho de pesquisa e equipe”, aponta José.
Claudia Leite encerrou o Painel explicando o uso sustentável das cápsulas da Nespresso e como ter uma empresa 100% neutra e com o cuidado com o meio ambiente. Ela apresentou os projetos da marca que englobam cuidado para melhoria do clima e dos parceiros!
“Nosso trabalho é fazer a diferença para que as fazendas que adquirimos o café prosperem e adquiram cada vez mais qualidade. Temos cafés do Brasil na maior parte das nossas cápsulas”.
A Semana Internacional do Café acontece até amanhã (22/11) em Belo Horizonte (MG), no Expominas, com muitas novidades e premiação de melhor café de arábica e robusta com o Coffee of The Year e Campeonatos Brasileiro de Barismo.