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Produção no Cerrado Mineiro deve ser menor no ano que vem

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 28/11/2018

1 MIN DE LEITURA

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O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Francisco Sérgio de Assis, acredita que a produção de café dos produtores que integram a Federação deve recuar 25% na próxima safra, chegando a 5,250 milhões de sacas de 60 quilos.

“A queda será mais acentuada do que o normal em virtude do grande número de podas feitas. Geralmente o recuo da produção (em anos de bienalidade negativa) é de 15%”, explicou Assis para o Grupo Estado de São Paulo, durante a abertura do 26º Encontro Nacional das Indústrias de Café (26º Encafé), em Punta del Este, no Uruguai. O Encafé é promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e ocorre até amanhã (29).

A florada foi irregular na região, formada por aproximadamente 235 mil hectares de café. “A vegetação está muito boa, as chuvas também beneficiaram as plantações, mas os grãos estão irregulares, tivemos várias floradas em momentos diferentes”, completa Assis.

Da safra 2018/2019, 60% aproximadamente já foi comercializada, boa parte de forma antecipada, em negócios que devem garantir aos produtores rurais “margem de lucro pequena”. O restante será vendido em momentos considerados pelos agricultores como mais oportunos. “Eles têm condições de armazenamento e também crédito (do Funcafé), podem segurar a produção até para vender na próxima safra, se acharem melhor”, afirma o presidente da Federação.

Para 2019/2020, a perspectiva já não é tão positiva, já que os custos de produção do café subiram de maneira expressiva. Segundo Assis, o adubo aumentou 70% em reais, defensivos 20% e a energia 30%, logo a rentabilidade de cair também.

O presidente da Federação pondera que, apesar da ampla oferta de outros países produtores, como Colômbia, Honduras e Vietnã, e do superávit global estimado em 7 milhões de sacas na temporada 2018/19 (dados da Organização Internacional do Café – OIC), há a possibilidade de os estoques globais poderem estar mais “equilibrados” a partir do segundo semestre do ano que vem, o que possivelmente proporcionaria cotações da commodity mais remuneradoras para os produtores.

As informações são do Jornal Estado de São Paulo, a jornalista viajou a convite da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

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