O estudo de Projeções do Agronegócio, Brasil 2018/2019 a 2028/2029, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, atualizados em julho deste ano, aponta que na próxima década o Brasil deve produzir 300 milhões de toneladas de grãos.
O crescimento anual deverá ser de 2,4% até 2028/2029. O estudo leva em consideração para os cálculos a produção de grãos de 236,7 milhões de toneladas, segundo levantamento de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores das projeções, o aumento virá, principalmente, do cultivo de soja e de milho nos estados do Mato Grosso (+129,5 mil toneladas) e do Paraná (+ 64 mil toneladas).
Produtividade
A produtividade da agricultura (Produtividade Total dos Fatores – PTF) deve crescer no próximo decênio a uma taxa anual de 2,98%, pouco abaixo da calculada para anos anteriores.
“Além disso, testes realizados sobre os impactos de políticas mostram que entre outras medidas, os investimentos em pesquisa e as exportações do agronegócio são as principais variáveis impactando positivamente na produtividade”, destaca Gasques. O coordenador também cita o crédito rural e os preços agrícolas como fatores significativos para o aumento da produtividade.
O crescimento da produção agrícola no Brasil deverá continuar ocorrendo com base na produtividade. “Em grãos, esse fato é verificado ao observar que, para os próximos dez anos, a produção está prevista para crescer 27% e a área plantada, 15,3%”. Com base na produtividade, a maior alta deverá ocorrer no norte e no centro nordeste do País.
O mercado interno, juntamente com as exportações e os ganhos de produtividade, também irá alavancar o crescimento nos próximos dez anos.
A pesquisa usou dados da Conab, Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agriculture/USDA, sigla em inglês), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
As informações são do Climatempo.