A análise dos dados e números do 4° Levantamento da Safra de Café de 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), e do Valor Bruto da Produção (VBP) – Dezembro 2020, elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), aponta que a produção total dos Cafés do Brasil em 2020, somando as espécies arábica e canéfora, foi de 63,07 milhões de sacas de 60 kg, superando em 2,3% a produção brasileira de 2018 e se tornando a safra com maior volume da história.
Foram 14,31 milhões de sacas, 23% do total, de canéfora (conilon), volume que representou uma queda de 4,7% se comparado com 2019. Esta baixa foi justificada pelas poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, o maior estado produtor da espécie no Brasil. Já o arábica foi responsável por 77% da safra brasileira ao produzir 48,77 milhões de sacas, com um aumento de 42,2% em relação ao ano passado, influenciado pela bienalidade positiva.
A análise da produção brasileira de café em 2020, por regiões, apresenta um grande protagonismo da região Sudeste, com uma produtividade média de 33,32 sacas por hectare e um total de 55,15 milhões de sacas produzidas, sendo responsável por 87,5% de toda produção nacional no ano.
Minas Gerais, o maior estado produtor brasileiro, foi responsável por 34,64 milhões de sacas, número que representou 55% da safra no ano. O Espírito Santo, segundo maior estado produtor, colheu um volume equivalente a 13,95 milhões de sacas, 22% da safra nacional. São Paulo foi responsável por 6,18 milhões de sacas, enquanto que o Rio de Janeiro teve 371 mil sacas de café produzidas.
Ao estabelecer um ranking decrescente das cinco regiões geográficas brasileiras, é possível verificar que, em segundo lugar, como maior região produtora de café depois do Sudeste, vem o Nordeste, que, com produção exclusiva no estado da Bahia, colheu 3,98 milhões de sacas de café em 2020, um crescimento de 32,9% se comparado com a safra baiana de 2019. Na terceira posição está a região Norte, cujo único estado produtor é Rondônia, com 2,44 milhões de sacas colhidas, volume 11,2% maior que ano passado.
Em quarto lugar a região Sul, que produziu, exclusivamente no estado do Paraná, o equivalente a 942 mil sacas, número que representou uma redução de 1,2% em relação à safra do ano passado. Por fim o Centro-Oeste, com a produção de 406 mil sacas de café, um crescimento de 9,6% nos mesmos termos comparativos.
No contexto do faturamento bruto das lavouras de café brasileiras – VBP, o total da receita gerada em 2020 foi de R$ 35 bilhões, 43% maior do que em 2019. Se for estabelecido um ranking do faturamento bruto das cinco regiões produtoras de café, o Sudeste fica em primeiro lugar, com R$ 31,12 bilhões, equivalentes a 88,7% do total. Em segundo, o Nordeste se destaca com R$ 2,08 bilhões, 6% do faturamento nacional, seguido pelo Norte, com R$ 1,02 bilhão (3%). O Sul figura em quarto lugar com R$ 576,27 milhões (1,6%), e o Centro-Oeste com R$ 249,78 milhões, que equivalem a 0,7% do total do VBP do café em 2020.
O 4° Levantamento da Safra de Café de 2020 destaca ainda a produção por regiões em Minas Gerais, maior estado produtor brasileiro. Sul de Minas produziu 19,15 milhões de sacas, o que representou um crescimento de 37% em relação ao ano passado. A Zona da Mata Mineira contou com 8,79 milhões de sacas, volume que apresentou um expressivo crescimento de 64,2%, se comparado a 2019. O Cerrado Mineiro foi responsável por 6 milhões de sacas, um crescimento de 30,7%. Enquanto que o Norte de Minas colheu 703,1 mil sacas, volume 11,8% maior do que em 2019.
Para acessar o 4º Levantamento da Safra de Café de 2020, clique aqui.
As informações são da Embrapa Café.