De acordo com a Associação Africana de Cafés Finos, a produção do continente africano pode quase que duplicar nos próximos cinco anos. Este aumento é resultado da ação de alguns países, que impulsionaram as plantações e tornaram a agricultura mais produtiva.
Ishak Lukenge, presidente da associação, disse em entrevista que se estas projeções se concretizarem, a produção africana pode registrar um aumento, em cada ano, de cerca de 3 milhões de sacas de 60 quilos, a medida que a agricultura melhora em países anteriormente afetados por conflitos. Dados do governo americano mostram que a produção africana deverá totalizar por volta de 16 milhões de sacas nesta estação.
Etiópia, Uganda e Tanzânia estão liderando os esforços para aumentar as áreas, enquanto outros países africanos estão diversificando variedades de culturas ou melhorando a agricultura. Segundo o presidente, o continente, que é responsável por cerca de um décimo da oferta mundial e tem retardado o crescimento da produção global na última década, está tentando ganhar mais participação no mercado.
Um dos maiores aumentos de oferta pode vir da Uganda. O principal exportador da África planeja quadruplicar a produção após conter a traqueomicose, doença também chamada de murcha vascular ou CWD (coffee wilt disease), que destruiu metade do número de plantações de robusta, podendo chegar a 20 milhões de sacas até 2025.
O presidente também disse que alguns países africanos também estão investindo na promoção da cafeicultura local como fonte adicional de demanda. Com exceção da Etiópia, o continente possui um consumo baixo. “Precisamos promover mais café no mercado”, disse Lukenge.
As informações são do Bloomberg / Tradução: Juliana Santin