O relatório do Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, aponta que os produtores de grãos arábica poderão receber uma receita bruta de R$ 15,71 bilhões, valor que corresponde a aproximadamente 61% da receita das lavouras de café arábica de 2010, cujo montante foi de R$ 25,71 bilhões.
Tendo em vista que a produção da variedade teve volume físico equivalente nos dois anos objeto desta análise – em torno de 37 milhões de sacas de 60kg –, verifica-se que essa redução do faturamento é decorrente da queda das cotações médias do café arábica nessa década.
Com relação ao café conilon, vale ressaltar que essa espécie teve aumento do volume produzido de 35,8%, nas safras do período de 2011 a 2019. Nesse contexto, a receita bruta a ser recebida pelos produtores estimada para 2019 é de R$ 4,63 bilhões, 9% superior ao faturamento de 2011, que foi de R$ 4,23 bilhões.
Quanto ao faturamento total da lavoura cafeeira, que inclui café arábica e conilon, a receita estimada no mês de abril para 2019 é de R$ 20,34 bilhões. No caso específico do café arábica, se for realizado um ranking da receita bruta das cinco regiões brasileiras estimada para 2019, constata-se que a região sudeste tem o maior faturamento e figura em primeiro lugar, com R$ 14,42 bilhões, que corresponde a 92% do faturamento. Em segundo lugar, a região nordeste, com receita de R$ 705,91 milhões, equivale a 4%. Na sequência, vem a região sul com R$ 423,04 milhões (3%). E em quarto lugar a região centro-oeste com R$ 148,63 milhões (1%). Por fim, a região norte deverá ter o faturamento de apenas R$ 12,41 milhões (menos de 1%).
Já sobre o conilon, o ranking de Valor Bruto da Produção (VPB) aponta em primeiro lugar a o sudeste, com faturamento bruto estimado em R$ 3,16 bilhões, montante que representa 68% do valor total da receita dessa espécie. Em segundo lugar o norte, com R$ 757,52 milhões (16%). Na sequência o nordeste, com receita de R$ 658,43 milhões (14%). E, em quarto, a o centro-oeste, que deverá faturar em 2019 R$ 46,26 milhões (1%). Quanto ao sul não existem registros oficiais do cultivo dessa espécie no VBP.
Cálculo do VBP do Café
Tem como base a safra anual estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e os preços médios recebidos pelos produtores, divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP).
No site do Observatório do Café está na íntegra o Valor Bruto da Produção (VBP) de abril de 2019, elaborado pela SPA/Mapa.
As informações são da Embrapa Café