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Principal cafeteria da África Oriental é vendida para se tornar continental

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/07/2017

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A Java House, maior rede de cafeterias da África Oriental, está mudando de mãos novamente. Desta vez, o fundo de mercados em crescimento, Abraaj Group, está comprando a empresa do Emerging Capital Partners (ECP), de Washington DC, por um valor não divulgado. Em fevereiro, as empresas de private equity dos EUA, TPG e Carlyle, estavam entre os investidores que ofereceram até US$ 100 milhões para a rede de cafeterias.

Foto: Divulgação
                                                      Foto: Divulgação

O Abraaj disse que está apostando no desenvolvimento da classe média do continente, crescimento sustentado da população e aumento da urbanização para expandir para o leste, oeste e norte da África, através de outras aquisições.

Depois de décadas originando alguns dos principais exportadores mundiais de café, o consumo da bebida está em ascensão em todo o continente africano. Tradicionalmente, a Etiópia era um dos únicos países africanos com uma tradição de beber café. Mas agora a cultura está entre a classe média e bem-viajada de outros países. A Starbucks lançou sua primeira loja da África subsaariana, em Johanesburgo, no ano passado.

Foto: Divulgação
                                                   Foto: Divulgação

A Java House registrou rápido crescimento desde que foi inaugurada em 1999, pelos americanos Kevin Ashley e John Wagner. Em 2012, a ECP comprou uma participação de 90% na empresa dos fundadores, aumentando efetivamente a marca em 13 lojas, em Nairobi, para mais de 60 lojas em 10 cidades no Quênia, Ruanda e Uganda. A Java agora emprega mais de 2.000 pessoas e serve mais de 320 mil clientes por mês. O grupo também lançou o Planet Yogurt, a primeira rede de frozen iogurte self-service da região, e uma pizzaria, a 360 Degrees.

A aquisição do Java House Group será vista como um indicador do interesse das firmas de private equity em mercados em toda a África. É também o último exemplo do aumento das saídas de capital privado na África para outros compradores de private equity ou financeiros. No ano passado, as saídas de private equity atingiram um recorde de 48 negócios, com 17 daqueles sendo saídas de venda financeira.

Isso foi mais que o máximo de sete anteriores em 2015, de acordo com a AVCA. A falta de liquidez da maioria das bolsas de valores africanas significa que eles não conseguem suportar muitas ofertas públicas iniciais e também há menos compradores estratégicos. Isso significa que a private equity é geralmente a única opção.

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