Por Natália Camoleze, de Guaxupé (MG)
A Femagri acontece até amanhã (14/02) e o objetivo é levar ao produtor tecnologia, gestão e confiança. “Sem tecnologia não há como prosperar e ter bons resultados”, afirma José Eduardo, superintendente de desenvolvimento dos cooperados da Cooxupé e responsável pela Femagri, durante coletiva de imprensa realizada hoje (13/02) no evento.
Carlos Augusto Rodrigues de Melo, conta que tem 41 anos como cooperado e hoje é o atual presidente da Cooperativa. Como o tema deste ano é voltado para tecnologia e gestão, o presidente acredita que a confiança do cooperado é o que traz resultado.
Em relação à nova safra, Carlos Augusto aponta que será alta por conta da bienalidade do café. “Alguns setores estão extrapolando os números para 2020/2021. Na área de ação da cooperativa, como Sul de Minas, Média Mogiana Paulista e Cerrado, acreditamos que a safra atingirá por volta de 60 milhões, não maior que a de 2018. A cooperativa espera receber seis milhões oitocentos e sessenta e cinco mil sacas, sendo que 40% já está comercializada”, afirma.
Preços
Carlos Augusto afirma que as oscilações de preços são prejudiciais aos produtores e não devem ser abaixo de R$ 400. “Muitos criticam a cooperativa e a mim, porém tenho que relatar que mesmo com uma safra baixa, nós batemos o recorde na cooperativa. O cooperado nunca teve um ano tão satisfatório como foi o do ano passado e esse ano não será diferente”, conclui. Segundo ele, a Cooperativa dá um limite de valor para não ultrapassar e não afetar o produtor, com benefício e facilidade para o cooperado.
Outro ponto apresentado durante a coletiva é que mesmo o Brasil produzindo 60 milhões de sacas, isso não atende a demanda que o café brasileiro possui. “Estamos saindo de uma safra de 50 milhões. Nossos estoques são os mais baixos nos últimos dez anos, isso está transparente no mercado. Temos um menor estoque de café, estoques governamentais zerados e nenhuma estratégia para atender uma demanda futura se houver um problema”, aponta Carlos. Uma preocupação para o consumo interno. A dúvida é: teremos café suficiente para consumo e exportação?
Femagri e custos na produção
José Eduardo explica que a Femagri traz inovações para o produtor e dá dicas para reduzir custos na produção, como emprego de tecnologia, mecanização, melhoria de produtividade, adubação na hora correta, aplicação corretamente de fertilizante no solo e uma boa gestão. “Somando tudo isso com uma colheita bem feita e o cuidado para não perder a qualidade depois da colheita, qualificação do produtor e funcionários, com certeza o produtor terá um bom café”, aponta ele.