Pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) apontam que os preços internos do café canéfora (robusta/conilon) têm avançado ao longo do mês de agosto por conta as altas externas e do dólar.
No cenário internacional, os valores são influenciados pela maior demanda pela variedade. Neste caso, ressalta-se que a pandemia de Covid-19 elevou o consumo de café dentro do lar, aquecendo as vendas de solúveis e comuns.
Esse cenário, atrelado à entressafra no Vietnã, que é o maior produtor de robusta, e ao dólar valorizado, que aumenta a competitividade do grão brasileiro, favoreceram as vendas do café nacional.
Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta do tipo 6 peneira 13 acima voltou a fechar acima dos R$ 400/sc de 60 kg nesses últimos dias, retornando a patamares reais de janeiro de 2018 (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho/2020). Na última terça-feira (25), o Indicador fechou a R$ 406,32/saca de 60 kg, forte avanço de 3,5% frente ao registrado no dia 18.
Para o arábica, o ritmo de negócios esteve menor, especialmente devido à baixa presença de vendedores, que ficaram com as atenções voltadas ao clima. Assim, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, fechou a R$ 596,21/saca de 60 kg no dia 25, alta de 3,3% frente ao dia 18.
Em relação a florada, no campo as chuvas foram apenas pontuais no Espírito Santo nas últimas semanas, mas agentes apontam ao Cepea que o pegamento das flores já abertas tem ocorrido sem grandes problemas, devido às reservas hídricas ainda confortáveis no estado.
Para as próximas semanas, a previsão da Climatempo citada pelo Cepea é de chuvas no Espírito Santo, ideal para a manutenção das reservas hídricas, o pegamento das flores e a indução da abertura de uma nova florada.
As informações são do Cepea.