A terceira semana de dezembro foi positiva nos mercados internacionais, com os participantes permanecendo com atenção voltada ao clima nos países produtores, principalmente no cinturão cafeeiro do Brasil. Nem mesmo o anúncio dos números finais da safra 2020/2021 no País impactou o desempenho.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/2021 do café arábica subiu 500 pontos, encerrando a sessão de quinta-feira (17) a US$ 1,2660 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento jan/2021 do robusta fechou a US$ 1.365 por tonelada, com ganhos de US$ 30.
Segundo a Somar Meteorologia, o verão, que tem início oficialmente às 7h02 da terça-feira (22) no Hemisfério Sul, será marcado pelo fenômeno La Niña no Oceano Pacífico, que pode ser o terceiro mais forte nas últimas duas décadas e implicar chuvas abaixo da média no Sul do País.
Para a região Sudeste, responsável pela maior parte da safra cafeeira no Brasil, a previsão é de chuva acima do normal no sul do Espírito Santo, litoral de São Paulo e no Rio de Janeiro.
Após uma guinada na segunda-feira (14), o dólar comercial veio devolvendo parte dos ganhos, mas ainda encerrou a semana com valorização de 0,6%, cotado a R$ 5,0788. O recuo passou a ocorrer com a melhora do ânimo de investidores devido à possibilidade de um pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos e ao avanço das negociações comerciais entre Reino Unido e União Europeia. No Brasil, a divisa norte-americana foi pressionada pela entrada de fluxo.
No mercado físico, mesmo com a alta internacional, a liquidez segue reduzida, com compradores e vendedores retraídos em função da proximidade das festas de fim de ano e, também, do alto volume de café já comercializado.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e canéfora ficaram em R$ 606,64/saca e R$ 403,01/saca, respectivamente, com ganhos de 4,2% e 2,3%.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).