Os contratos futuros do café encerraram a semana de 19 a 23 de julho nos níveis mais altos em cerca de seis anos e meio. As geadas do início da semana, principalmente na madrugada de terça-feira (20) e quarta-feira (21), foram mais severas do que as geadas de 1986 e 1999 que atingiram várias áreas produtoras brasileiras. Porém, ainda é cedo para avaliar os prejuízos, mas as conversas e especulações sobre perdas nas lavouras têm agitado o mercado e potencializado as cotações.
O vencimento setembro/2021, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 1,9365 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal positiva de 3.245 pontos. Na ICE Europe, o vencimento julho/2021 do café subiu US$ 149,00, fechando a sessão da última quinta-feira (22) a US$ 1.908 por tonelada.
O dólar comercial avançou em relação ao real depois de duas sessões seguidas de perdas, impulsionado pelo ambiente externo menos propício ao risco. Com máxima de R$ 5,224, o dólar à vista encerrou a sessão de quinta-feira (22) negociado a R$ 5,213, avanço de 0,41%. Com isso, a moeda americana acumula valorização de 1,74% na semana e de 4,82% em julho.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações do café arábica e canéfora (robusta) tiveram mais uma forte alta na quinta-feira. Segundo eles, as cotações do arábica foram impulsionadas pelos possíveis impactos das geadas no País.
Os indicadores calculados pela instituição para as espécies se situaram em R$ 1.028,35 por saca do arábica e R$ 565,84 por saca do canéfora, com variações de 17,47% e 6,02%, respectivamente.
As informações são do Conselho Nacional do Café (CNC).