O indicador composto da Organização Internacional do Café (OIC) caiu 8,9%, para 106,89 centavos de dólar por libra-peso em janeiro. O preço diário do composto da OIC variou entre a mínima de 99,78 centavos de dólar por libra-peso, em 29 de janeiro, e a máxima de 115,18 centavos de dólar por libra-peso, no dia 2.
"A safra brasileira 2020/2021, que tem um ano de seu ciclo bienal de arábica, e a incerteza macroeconômica mais ampla, exerceram pressão negativa no mercado", avaliou a instituição em seu relatório mensal divulgado ontem (5).
Com o resultado do primeiro mês de 2020, a volatilidade do indicador composto da OIC aumentou 0,9 ponto porcentual, para 10,6% no mês passado. Os preços para todos os indicadores do grupo caíram em janeiro. Os naturais brasileiros tiveram a maior queda, de 12,4%, para 110,73 centavos de dólar por libra-peso. Outros suaves cederam 9,5%, para 142,19 centavos de dólar por libra-peso, enquanto os suaves da Colômbia recuaram 8,7%, para 147,52 centavos de dólar por libra-peso.
Como resultado, o diferencial entre os suaves colombianos e outros suaves aumentou 21,4% em janeiro, para 5,33 centavos de dólar por libra-peso. Os preços dos canéforas (robusta) diminuíram 3,7% em relação ao mês anterior, para 70,55 centavos de dólar por libra-peso, em parte em resposta ao aumento dos embarques do Vietnã e da Indonésia.
As cotações entre arábica e canéfora, medidos no mercado futuro de Nova York e Londres, diminuíram para 56,02 centavos de dólar por libra-peso, após quatro meses de aumento. O mercado futuro de arábica de Nova York caiu 10,9%, para uma média de 117,05 centavos de dólar por libra-peso em janeiro, a segunda maior média mensal nos últimos doze meses, enquanto no mercado futuro de Londres o do robusta caiu 4,5%, para 61,03 centavos de dólar por libra-peso.
Os estoques de arábica certificada aumentaram 7,2% em relação ao mês anterior, para 2,49 milhões de sacas, enquanto os de robusta caíram 3,4%, para 2,45 milhões de sacas em janeiro de 2020.
As informações são do Estadão Conteúdo.