Os preços do café arábica apresentaram desvalorização de 10,33% no primeiro semestre de 2015. O dado faz parte de levantamento feito em parceria pela Superintendência Técnica da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) e o Centro de Inteligência em Mercados (CIM) - da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Segundo a edição do agosto do Boletim Ativos do Café, a maior redução ocorreu no município de Manhumirim (MG), onde a saca de 60kg se desvalorizou 16,57% e foi comercializada por R$360,00 em junho deste ano. Em seguida aparece o município de Santa Rita do Sapucaí (MG), -16,00%, com a saca sendo comercializada a R$365,00. Já a menor redução nos preços foi observada em Guaxupé (MG), -1,51%, onde a saca ficou em R$403,55.
Em média, o preço pago ao produtor de arábica nos primeiros seis meses do ano foi de R$418,62/saca. O estudo ressalta que estes dados resultaram das médias mensais do café em cada município considerando as classificações física (classificação por tipo) e sensorial (classificação quanto à bebida). Durante os painéis de levantamento de dados, foram estimados os percentuais dos diferentes tipos e bebidas produzidos em uma propriedade típica de cada região.
Mecanização
Nos municípios que possuem lavouras mecanizadas, as maiores quedas nos preços no primeiro semestre de 2015 ocorreram em Capelinha (MG) e Luís Eduardo Magalhães (BA), com reduções de 11,64% e 12,10% respectivamente. Nas regiões com processo produtivo mecanizado o preço médio de venda no período foi de R$434,37/saca, enquanto nas regiões com processos manuais foi de R$401,79/saca.
De acordo com o Boletim, a gestão do caixa da propriedade nos próximos meses deve ser realizada com critério. Como no período pós-colheita os preços tendem a se reduzir, os produtores que não realizaram operações de venda em mercados de derivativos agropecuários devem planejar sua comercialização minuciosamente. Eles deverão buscar as melhores margens de lucro para o empreendimento considerando as necessidades de capital de giro para o próximo ciclo de produção.
Veja, abaixo, os dados completos no gráfico produzido pela CIM/Ufla:
Confira o boletim completo, aqui.