A safra 2018/2019 foi considerada recorde, já que atingiu 62 milhões de sacas. O problema é que a crise com os baixos preços afeta os produtores. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a cafeicultura emprega hoje cerca de quatro milhões e meio de brasileiros.
Em entrevista para a CBN, o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Sergio Assis, afirmou que infelizmente, caso nenhuma medida seja tomada, alguns funcionários poderão ser demitidos após a colheita. “Após a colheita é certeza que haverá uma redução de no mínimo 10%. Isso no meu caso. No caso do Cerrado eu acredito que pode ser maior”, comenta.
O presidente da comissão do café da CNA, Breno Mesquita, explicou que a cafeicultura está ficando inviável. “O que percebemos é uma desesperança muito grande. Em algumas regiões de Minas Gerais o custo de produção ultrapassa R$ 500. Essa mesma região está vendendo café a R$ 350”.
Diante da crise no setor, o governo mineiro enviou um ofício ao Ministério da Agricultura solicitando medidas urgentes para evitar impactos na economia. Por exemplo, a extensão dos prazos para pagamentos de financiamento nos bancos públicos e a publicação de um edital para que os empresários possam vender as sacas para a União. Dessa forma, o governo pode utilizar um preço tabelado e estocar o café para diminuir a oferta, fazendo o preço subir. Ambas as medidas já foram tomadas em outros momentos de crise nos últimos 18 anos.
As informações são da CBN.