A semana de 21 a 25 de outubro foi sem novidades nos contratos futuros do café, que estiveram praticamente estáveis. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dez/2019 do contrato "C" subiu 75 pontos, fechando ontem a US$ 0,9645 por libra-peso. Na ICE Europe, o contrato jan/2020 do canéfora (robusta) encerrou a US$ 1.237 por tonelada, com queda de US$ 14.
No que se refere ao dólar comercial, após atingir o menor valor intraday desde 19 de agosto, abaixo de R$ 4, a divisa acumulou perda de 1,8% no agregado da semana, encerrando a quinta-feira (24) a R$ 4,0449. Segundo corretores, a pressão sobre a moeda norte-americana foi exercida pela aprovação da reforma da Previdência no Senado.
No Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os negócios seguiram em ritmo lento devido à retração vendedora. Agentes consultados pela instituição se mostraram apreensivos com as altas temperaturas e as poucas chuvas registradas nas semanas seguintes às floradas em meados de setembro.
De modo geral, “a maior parte das lavouras de arábica necessita de bons volumes de chuvas para a melhor recuperação fisiológica das plantas e o pegamento das flores e chumbinhos”, analisa a entidade.
Quanto ao canéfora (robusta), a maior parte das flores da safra 2020 já teve o pegamento no Espírito Santo e em Rondônia, e os cafezais estão em fase de desenvolvimento do chumbinho. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e canéfora (conilon) foram cotados a R$ 417,81/saca e a R$ 283,43/saca, respectivamente, com desvalorizações de 0,5% e 1,4%.
Na manhã de hoje (28), por volta das 8h39 (horário de Brasília), foram registradas quedas de até 105 pontos. O contrato com vencimento dezembro/19 registrava queda de 100 pontos e era cotado a 98,40 cents/lbp. O março/20 caía 95 pontos, sendo negociado por 101,90 cents/lbp. Já o maio/20 registrava queda de 90 pontos e era cotado a 104,50 cents/lbp.
As quedas acontecem depois do mercado fechar com altas próximas dos 300 pontos na última sexta-feira (25). "O mercado subiu bastante durante a semana e me parece que essa oscilação é muito mais atrás de resultados de curto prazo, especulativos desses grandes fundos na Bolsa de Nova York do que do mercado físico", afirmou Eduardo Carvalhaes, analista do Escritório Carvalhaes.
No Brasil, o tipo 6 duro, também na sexta-feira (25), fechou em Guaxupé (MG) com saca a R$ 431. Em Poços de Caldas (MG), a saca registrava R$ 420.
As informações são do CNC e do Notícias Agrícolas.