Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), em entrevista ao jornal Valor Econômico, afirmou que o impacto dos baixos preços tem sido absorvido pelos produtores, mas o quadro requer cuidados especiais. “Há contratos futuros fechados há um ano na faixa de R$ 550/saca. Mas, há os reflexos da bienalidade negativa da safra, que devem influenciar na próxima. Em situações semelhantes, os produtores devem se preocupar em reduzir os custos com insumos e manejo, buscando renovar os pomares com mudas mais resistentes ao clima e às pragas”, afirma Silas.
Os preços do café preocupam os produtores por conta do excesso de oferta global e da atuação dos fundos internacionais na Bolsa de Nova York. Segundo cálculos do Valor Data, baseados nas médias mensais dos contratos futuros da posição de entrega, o resultado de abril foi 3,5% menor que o mês de março, sendo o mais baixo desde 2004. Quando comparado com a média do ano passado, a queda chega a 21%.
Em relação à safra 2019/2020, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) acredita que ficará entre 50,48 milhões e 54,48 milhões de sacas, volume inferior ao da passada, mas acima de previsões negativas.
As informações são do Jornal Valor Econômico.