Especialistas apontam uma baixa no preço da saca do café, que está atualmente em R$ 389. Este valor, que é pouco para o produto, é o menor nos últimos cinco anos.
O presidente do Centro de Comércio do Café, Archimedes Coli Neto, afirma que o custo de produção é muito alto e esses preços acabam prejudicando. “A nível de mercado internacional está caro porque não está saindo negócio. O que o importador quer pagar é menos que o produtor deseja hoje no mercado interno. Então nós estamos em um mercado desencontrado, ruim para o produtor internamente e o importador também não querendo comprar achando que está caro para ele”, conclui.
Quem produz não consegue colocar preço no próprio café, isso é definido pelo mercado, em bolsa de valores. Em 2014, a saca de 60 quilos chegou a ser negociada a R$ 284. Depois, o produto valorizou. Foi a R$ 455 em 2015, R$ 478 em 2016 e passou dos R$ 500 em 2017. Já em janeiro do ano passado, a cotação voltou a cair para R$ 435. Agora, ela está na faixa de R$ 389.
“O Brasil teve um recorde de produção, por volta de 62 milhões de sacas. Tivemos um desempenho bom também de exportação, de 35 milhões de sacas. Foi o segundo melhor ano. Isso foi bom porque a gente voltou a ser competitivo lá fora. Se nós calcularmos a exportação mais o mercado interno, ainda existe uma sobra substancial de café”, completou Archimedes.
As informações são do portal de notícias G1, Sul de Minas.