Cafeicultores relataram ao portal de notícias Arolink que irão investir menos em tratos culturais na próxima safra (2019/2020). O motivo são os baixos preços da commodity e a alta dos custos com insumos por conta do dólar.
Especialistas das cooperativas apontam que a próxima safra será baixa no ciclo bianual do arábica, já que a última foi considerada recorde. A preocupação é que produtores invistam menos em fertilizantes, em especial defensivos, o que poderia prejudicar a produtividade das lavouras.
“O produtor está querendo cortar gastos porque o retorno está sendo menor”, alertou o agrônomo Celso Scanavachi, da cooperativa paulista Coopinhal, ressaltando a possibilidade de incidência de doenças por redução no uso de defensivos.
Celso comenta ainda que a redução de investimento terá uma consequência lá na frente, já que cooperados da Coopinhal devem diminuir em 30% o uso de adubos e defensivos, por conta dos baixos preços do café.
Segundo o Cepea, da Esalq/USP, as cotações da commodity no mercado doméstico estão em torno de R$ 450 por saca de 60 kg, bem distantes dos mais de R$ 560 em 2016, auge da crise de oferta desencadeada pela quebra de produção no Espírito Santo.
A cotação do café no Brasil segue instável, quando comparado com o mesmo período do ano passado, mas os custos cresceram pela valorização de fertilizantes e defensivos denominados em moeda norte-americana.
As informações são da Agrolink.