Na última quinta-feira (23), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou que o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), repassados aos 34 agentes financeiros que assinaram contrato com a pasta, a fim de operar essa modalidade, foi um montante de R$ 5,9 bilhões.
O valor contratado totaliza R$ 5,49 bilhões, representando 93% do volume programado para esta safra, com R$ 450 milhões ainda disponíveis até o dia 30 de junho, sendo a próxima quinta-feira (30) o prazo limite para aplicação.
De 1º de julho de 2021 até o dia 22 de junho de 2022, foram aplicados R$ 5,04 bilhões, sendo R$ 1,86 bilhão na linha de Comercialização, R$ 1,13 bilhão em Custeio, R$ 1,13 bilhão na Aquisição de Café, R$ 664,3 milhões para Capital de Giro para Indústrias e Cooperativas de Produção e R$ 252,1 milhões na Recuperação de Cafezais.
O estado de Minas Gerais foi o que mais demandou, totalizando R$ 3,43 bilhões ou 68,2% do total, seguido de São Paulo, com R$ 735,8 milhões, representando 14,6%, e Espírito Santo, com R$553,5 milhões, ou 11%.
Segundo o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Silvio Farnese, o volume de recursos repassados é recorde histórico do Funcafé. “Este comportamento mostra que o Funcafé, nesta safra, apresentou um desempenho excelente em virtude da agilidade dos agentes financeiros na busca de clientes, da taxa de juros mais atraente para os tomadores de crédito do setor e da atuação da Coordenação Geral do Café no Mapa, que manteve um fluxo de liberação de recursos rápido e eficiente”, disse.
O Conselho Nacional do Café (CNC), guardião do Funcafé, destaca o papel do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) na aplicação do grande volume de recursos disponibilizados aos cafeicultores. “A ação do CDPC tem sido exemplar para possibilitar que os recursos do Fundo cheguem a quem interessa, os produtores, no momento correto. Isso é fundamental e comprova que o Funcafé é o grande banco dos cafeicultores”, analisou Silas Brasileiro, presidente do CNC.
O Conselho aguarda ainda a definição da taxa de juros do Plano Safra para a liberação dos recursos para a safra 2022/2023. No entanto, em uma ação do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, os agentes financeiros já foram cadastrados para, assim, disponibilizar no menor tempo possível os recursos aos cafeicultores. “Estamos trabalhando em ação conjunta com o CDPC para que os juros sejam os menores possíveis, já que os custos de produção aumentaram substantivamente no último ano e o Fundo, com taxas justas, garante uma renda digna ao produtor de café do Brasil”, explicou. A expectativa é que a taxa de juros seja anunciada pelo Governo na próxima semana.
As informações são do CNC.