No dia 2 de dezembro aconteceu o V Encontro de Membros da Plataforma Global do Café no Brasil. O evento on-line reuniu mais de 45 participantes de todos os elos do setor e teve o objetivo de compartilhar experiências, rever os avanços de sustentabilidade deste ano e discutir oportunidades de ações coletivas que efetivamente cheguem ao campo, gerando impacto para produtores e suas comunidades.
O Encontrou contou com depoimentos sobre as atividades sendo desenvolvidas no âmbito da iniciativa Uso Responsável de Agroquímicos da GCP. João Paulo Brito, da Exportadora Guaxupé, comentou sobre a construção de depósitos para agroquímicos nas propriedades de produtores que se destacam em ações de sustentabilidade. Já Mariana Sena, da EISA, mencionou as capacitações em tecnologia de aplicação sendo conduzidas entre os produtores e trabalhadores, mesmo à distância durante a pandemia.
Thiago Duarte, da Comexim, discorreu sobre a importância de envolver prefeituras, entidades do setor público e outros parceiros locais para engajar produtores em ações como a devolução de embalagens vazias de agroquímicos, que vem sendo feito nas regiões de atuação da empresa, em parceria de sucesso com o INPEV. Manoela Duenas, da Olam, destacou o trabalho de traçar planos de ação junto aos produtores atendidos, para melhoria contínua em sustentabilidade (com base nos dados coletados em campo por aplicativo), de forma a monitorar periodicamente os avanços e corrigir os detalhes necessários, orientando os produtores.
Entre os convidados para nortear o painel de discussão, estavam grandes nomes do setor, como Flávia Barbosa, diretora-executiva da Exportadora de Café Guaxupé; Pedro Malta, head de Agricultura da Nestlé Brasil; e Renata Vaz, gerente de Exportação & Sustentabilidade da Cooabriel, contemplando as perspectivas da produção, da indústria e da comercialização/exportação.
Flávia destacou que “sustentabilidade virou regra na cafeicultura”, enquanto Renata Vaz mencionou a necessidade de se “entender a realidade dos pequenos produtores” e que, apesar do setor notar uma mudança de comportamento entre os produtores (rumo a mais sustentabilidade), ainda há necessidade de treinamentos em diversos temas, do social ao ambiental.
Pedro Malta pontuou que “a sociedade está mais sofisticada em relação à sustentabilidade”, visto que não é mais suficiente às empresas apenas desligar de sua cadeia de fornecimento aqueles produtores que porventura não estejam em consonância com a legislação (citando ocorrências passadas de condições degradantes de trabalho em fazendas), atualmente é preciso coordenar ações efetivas para que o problema seja prevenido e remediado, tendo em vista “exigências não apenas do alto escalão e dos acionistas das empresas, mas também dos consumidores de café”. Neste âmbito, se destaca a Iniciativa de Ação Coletiva Bem-Estar Social, sendo coordenada pela GCP junto com CeCafé e InPACTO, para tratar da melhoria das condições de vida e trabalho na cafeicultura, em andamento.
As informações são da Comunicação Plataforma Global do Café.