Previsões indicam que por conta das mudanças climáticas que estão ocorrendo no planeta, cerca de 50% da área de cultivo de café irá diminuir até 2050. Para tentar solucionar esta problemática, muitas pesquisas em torno do grão estão sendo feitas com o objetivo de melhorar suas resistências e sua capacidade de sobrevivência em condições meteorológicas extremas.
Ano passado, geneticistas da Universidade da Califórnia publicaram a primeira sequência genômica pública do café arábica (coffea arabica), principal espécie cultivada no mundo, que fornece 70% de toda a produção mundial. Agora, pesquisadores do mesmo centro publicaram uma nova sequência do genoma dessa mesma variedade no Phytozome.net, banco de dados público de genômica comparativa de plantas coordenado pelo Joint Genome Institute, do Departamento de Energia dos Estados Unidos. Este novo genoma é de acesso aberto para cientistas e melhoradores de plantas em todo o mundo.
Juan Medrano, geneticista da Faculdade de Ciências Agrárias e Ambientais da Universidade de Davies e co-pesquisador do estudo, explicou que esta nova sequência do genoma contém informações cruciais para desenvolver variedades de café de alta qualidade e resistentes a doenças que podem ser adaptadas aos efeitos das mudanças climáticas e que podem ameaçar a produção mundial de café nos próximos 30 anos.
O lançamento da nova sequência também é significativo para a Califórnia, onde as plantas de café estão sendo cultivadas comercialmente pela primeira vez. Deste modo, surge uma nova indústria de café.
As informações são da Universidade de Davies, publicada no Agrodigital / Tradução Juliana Santin