O professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), José Donizeti, e o pesquisador Guy Carvalho descreveram, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o atual cenário na principal região produtora de café arábica e a preocupação dos produtores com as condições climáticas.
As chuvas retornaram no final do ano passado e, até a primeira metade de janeiro, os volumes foram suficientes para aliviar as condições dos cafezais. Em janeiro, as chuvas foram abaixo do esperado, mas retornaram no início de fevereiro nas principais áreas produtoras do País. O professor Donizeti explica que, daqui para frente, é importante que as chuvas continuem regulares para não comprometer a fase de granação do café, caso contrário, prejudicaria ainda mais a safra a ser colhida neste ano.
Em relação aos números da Conab, que indicam uma quebra entre 32% e 39% na produção de arábica na safra 2021/2022, os dois especialistas confirmam as estimativas de queda nos números, mas destacam que por se tratar de uma média nacional, alguns produtores podem ter baixas acima dos 40%.
Sobre a safra de 2022/2023, que naturalmente seria de ciclo alto para o Brasil, o especialista explica que os impactos da seca serão sim observados na produção, levando em consideração que o crescimento da planta começou três meses depois do esperado, também consequência da falta de chuva no ano passado. É importante que o produtor continue fazendo os tratos culturais já focando na produção do ano que vem.
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As informações são do Notícias Agrícolas.