Pesquisa desenvolvida pelo Departamento de Gestão Agroindustrial da Universidade Federal de Lavras (DGA/UFLA) aponta que a renda média do produtor rural do Sul de Minas aumentou 0,10% no ano passado. Essa porcentagem é referente ao Índice de Preços Recebido (IPR), que monitora os preços recebidos pelos produtos comercializados pelos produtores rurais.
“Todas as 72 commodities ponderadas, analisadas, do início de janeiro a dezembro, praticamente não tiveram variação. Você tem 72 produtos, que são café, milho, tomate, cebola, todos os produtos plantados no Sul de Minas”, comenta o professor responsável pela pesquisa da Ufla, Renato Fontes.
Ainda conforme a pesquisa, o Índice de Preços Pagos (IPP), que calcula os preços dos insumos para a produção agropecuária, demonstrou aumento médio de 2,78% durante o ano.
“É uma situação negativa, porque ele já vem de uma perda de renda do ano de 2017, onde houve uma elevação do preço dos insumos dele de uma maneira geral e também você teve uma situação de inflação no período, de 3,78% o IPCA. É uma situação ruim para a agricultura, que vem enfrentando, no Sul de Minas, uma estabilização de renda, mas a nível baixo, então ele perdeu renda”, diz o professor.
O café é um dos produtos mais importantes produzido no Sul de Minas e apresenta o maior peso no Índice, que gerou uma queda anual de – 9,50% com preço médio da saca em R$ 440 no início do ano, terminando o ano com preço médio em R$ 403, afetando negativamente a renda do produtor rural na região.
“O grande problema do Sul de Minas é que você tem o café como principal produto da produção, e aí você tem um ciclo que deve permanecer de baixa por um excedente de oferta ainda por um tempo, um ano, dois anos, até que volte a regular. Os outros produtos não, como você tem ciclos mais curtos, as respostas são mais rápidas”, concluiu Renato.
As informações são do G1 Sul de Minas.