A seca que assola o Estado do Espírito Santo, maior produtor de conilon do País, continua trazendo incerteza para produtores e indústria nacional. A queda na produção já impacta preços da variedade no mercado interno, que nesta terça-feira (18/10) ultrapassou os R$500 por saca. Já no arábica, produtores relataram ocorrência de chuva durante a colheita da safra 2016, que levou mais cafés ao chão.
Produtor em Ji-Paraná (RO) / Foto: Renata Silva
Para reunir informações diretamente dos produtores sobre essa e outras realidades produtoras, a Pesquisa CaféPoint Colheita Cafeeira Safra 2016 ouviu mais de 500 cafeicultores de todo Brasil. Além das 17 perguntas que compuseram o questionário, o levantamento utilizou relatos dos produtores através dos canais de comunicação do site CaféPoint e fotos enviadas pelos próprios leitores.
Entre as constatações, a de que houve queda na produção de conilon no Espírito Santo para 73% dos informantes verificaram queda na produção. Até 57% deles apontaram queda entre 30 a 80% na produção, em relação a safra anterior. Os produtores vivem uma das piores colheitas dos últimos anos, enfrentando a seca severa que se prolonga, pelo menos, desde 2015. Na pesquisa, 98% dos participantes afirmaram que o volume de chuvas ficou abaixo da média tanto na floração quando durante o enchimento dos grãos na safra 2016.
Já na região do Sul de Minas, tradicional produtora de arábica, os cafeicultores identificaram problemas durante a época de colheita dos grãos. A área de produção de arábica recebeu chuva, sendo que 65% dos relatos foram de ocorrência quando o fruto ainda estava na lavoura e 33% com o café já no terreiro. O fenômeno ocasionou um volume de frutos recolhidos do chão durante a colheita, para 48% dos informantes, de 16 a 30% da produção;
Confira, agora, os resultados completos, clicando aqui Pesquisa CaféPoint Colheita Cafeeira Safra 2016, apresentados inicialmente durante a Semana Internacional do Café (SIC), na programação do Fórum da Agricultura, em setembro de 2016. O trabalho contou com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que fez uma análise dos resultados, e da empresa Climatempo através da AgroClima PRO.