O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta que o número de empregos com maior qualificação no agronegócio cresceu no primeiro semestre deste ano, quando comparado com o ano passado. Com base em dados da PNAD Contínua, do IBGE, houve uma alta de 7,2% de população com superior completo e queda significativa de 18,7% de pessoas sem nível de instrução.
Os pesquisadores do Cepea acreditam que essa tendência já é verificada há um tempo e está relacionada a diversos aspectos, como elevação das técnicas no campo, inviabilidade de pequenos estabelecimentos rurais no ambiente altamente concorrencial e tecnológico da agropecuária brasileira, a intensificação e concentração da produção e melhores oportunidades de emprego em ambientes urbanos em algumas regiões. Por outro lado, houve crescimento de 4,4% da informalidade no agronegócio (sem carteira assinada) entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2017.
Quando o assunto é a população ocupada no agronegócio os números mantiveram-se estáveis, porém, a população ocupada do agronegócio no total do Brasil diminuiu, porque nesse período de comparação houve aumento de 0,72% no número de ocupados total no País.
Quando considerado o primeiro semestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado, ao desagregar os segmentos do agronegócio (insumos, primário, indústria e serviços), verifica-se retração de 1,93% no número de ocupações das atividades primárias. Neste caso, a pressão veio das atividades pecuárias. Já na agroindústria, observa-se estabilidade no total (ligeira alta de 0,35%), com redução no número de ocupados na indústria de base agrícola, mas crescimento na de base pecuária.
As informações são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada.