Participação dos cafés brasileiros no consumo mundial é crescente

Santos, 14 de junho de 2.024 – ano 91 – número 24. 

O CECAFÉ divulgou terça-feira (11), os embarques de maio de café. Foram 4.396.973 sacas de (60 kg) – 3.163.927 de arábica (queda de 2,48%, ou 80.538 sacas em relação a abril) e 868.270 de canéfora (alta de 26,6% ou 182.762 sacas em relação a abril). Desse total, 4.032.197 sacas são de café verde, 362.298 de solúvel e 2.478 de torrado.

Faltam as exportações de junho para o fechamento da safra 2023/24, mas é praticamente certo que bateremos o recorde brasileiro de exportação de café em um ano-safra (julho de 2023 a junho de 2024) – o recorde atual é de 45.675.230 sacas (2020/21), e já estamos com 43.706.730 sacas. 

Mesmo com bons embarques brasileiros, os estoques mundiais continuam  baixos. A participação dos cafés brasileiros no consumo mundial está crescendo, e o mundo precisa de cerca de 180 milhões de sacas por ano.  

Para manter o atual market share do café brasileiro no consumo mundial, precisamos chegar a safras médias de 70 milhões de sacas (47 milhões para atender às exportações e 23 milhões para o consumo interno). 

Os contratos na ICE Futures US e na ICE Europe oscilaram nesta semana. A liquidação de sexta (14) dos contratos de opção, bem como a aceleração da rolagem para setembro dos contratos com vencimento em julho, antes do first notice day (próximo dia 21), tornam o mercado nervoso e instável. 

ICE Futures US (arábica):

Contratos para julho oscilaram sexta (14) 440 pontos, batendo em US$ 2,2735 por libra/peso. 

Sexta (14): US$ 2,2415 por libra/peso (- 190 pts) / quinta (13): + 170 pts, quarta (12): + 380 pts / terça (11): - 85 pts /segunda (10): - 340 pts. 

Balanço da semana: - 65 pts.

Acúmulo de contratos para julho: 1.820 pts de alta nas três semanas anteriores a esta. 

Contratos para setembro: US$ 2,244 por libra/peso (185 pontos)

O dólar esteve em alta frente ao real ao longo da semana, o que contribuiu com a pressão sobre as cotações em Nova Iorque. 

ICE Europe, (canéfora):

Contratos para julho fecharam na sexta (14) valendo US$ 4.115/ton (US$ - 106). 

Quinta (13): - US$ 19 / quarta (12): - US$ 44 / terça (11): - US$ 40 / segunda (10): US$ 39. 

Balanço desta semana:  - US$ 160. Acumularam alta de US$ 757 nas três semanas  anteriores a esta. 

Contratos para setembro: US$ 4.009/ton (- US$ 84)

Estoques de cafés certificados na ICE Futures: 815.031 sacas (+ 6.964 sacas)

Somaram alta de 15.993 sacas nesta semana e de 14.267 na semana passada. Maio: + 125.013 sacas / abril: + 64.549 sacas / março: + 234.662 sacas. fevereiro: + 103.777 sacas /janeiro: - 1.395 sacas. 

Contratos para julho (NY): R$ 1.595,79 (subiram esta semana)

As ofertas no mercado físico brasileiro subiram ligeiramente ao longo da semana. Os negócios saem, mas o volume não é grande. Estamos na entressafra, e é pequeno o volume de café da safra que está terminando. A colheita da  nova safra 2024/2025 avança com rapidez, mas são poucos os lotes 2024/2025 oferecidos ao mercado. 

Os estoques brasileiros de passagem serão baixos.  A partir de 20 de junho, uma frente fria deve avançar pela costa do Brasil aumentando a probabilidade de chuvas sobre Rondônia e entre o Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, em episódios isolados e de fraca intensidade, que devem aumentar a umidade e amenizar o calor. Na última semana de junho (dias 24 e 25), mais frio, mas sem previsão de extremos ou risco de geadas em áreas produtoras (CLIMATEMPO). 

Embarques (até 14/6): 746.921 sacas de arábica / 306.262 sacas de conilon / 66.680 de solúvel, totalizando 1.119.863 sacas (contra 1.510.321 em 14/5)

Emissão de certificados de origem para embarque (maio):  1.504.527 sacas