Técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura (Seab) analisaram diversas regiões do estado do Paraná e as projeções para a produção cafeeira não foram animadoras.
A expectativa é que fique entre 1 milhão e 1,1 milhão de sacas, com produtividade variando entre 26,5 sacas a 29,1 sacas por hectare. A área em produção também não mudou: 37,8 mil hectares. O economista do Deral especialista na cultura, Paulo Franzini, salientou que fatores como as variações climáticas, as floradas irregulares, a forte elevação nos custos de produção e a queda nos preços recebidos afetaram precocemente este potencial a safra.
Segundo o relatório, as primeiras floradas ocorreram antecipadamente a partir de agosto e se estenderam até a segunda quinzena de dezembro. Este período prolongado entre as floradas resultou em desuniformidade no ciclo dos frutos na mesma planta, atrapalhando não só o manejo fitossanitário correto das lavouras, mas o planejamento da colheita, especialmente visando a obtenção de maior volume de café de qualidade superior. “As chuvas abaixo da média e temperaturas mais elevadas registradas nos meses de novembro e dezembro também prejudicaram o ‘pegamento’ das floradas e contribuíram para queda de chumbinhos acima do normal”.
A dificuldade dos cafeicultores em fechar as contas, baixos preços recebidos pelos produtores ano passado aliada a elevação dos preços dos insumos faz com que a comercialização nos atuais preços não cubra os custos de produção. “Este cenário e as poucas perspectivas de recuperação das cotações no mercado físico a curto prazo exigem que os produtores melhorem cada vez mais a gestão do seu negócio, além de ter gerado grande preocupação do setor produtivo em manter a atividade com inovação e tecnologia necessárias”.
As informações são do jornal Folha de Londrina, por Victor Lopes.