No segundo dia do 87º Congresso Nacional de Cafeicultores, o ministro Andrés Valencia reconheceu que a renovação das plantações de café sempre foi uma prioridade para o governo da Colômbia através do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural. “A renovação do café sempre foi uma prioridade deste governo e é por isso que temos um parque de café praticamente jovem e tecnificado”, afirmou.
Valência aproveitou sua intervenção perante os 90 delegados no Congresso Nacional dos Cafeicultores para expor o progresso de seu portfólio na busca de competitividade e rentabilidade do setor agrícola, para o qual seguem cinco estratégias bem articuladas.
A primeira, a ordem de produção, permitiu, no caso particular do setor, renovar mais de 851 mil hectares (quase todo o parque cafeeiro) entre 2010 e 2019, o que, por sua vez, aumentou a produção em 57% e a produtividade em 74% nesse período.
Valência lembrou que, no ano que termina, o governo alocou recursos de 38 bilhões de pesos (US$ 10,9 milhões) para apoiar a renovação das plantações de café. Portanto, serão procurados recursos com o Ministério das Finanças para continuar apoiando essas boas práticas.
Essa primeira estratégia de gerenciamento da produção inclui a redução de custos com base em três pilares: monitoramento dos preços de fertilizantes e pesticidas, facilitar o acesso a esses insumos agrícolas por meio de negociações conjuntas e incentivar seu uso e aplicação eficiente, racional e sustentável.
A segunda estratégia de marketing permitiu que 25 mil produtores agrícolas fossem protegidos pelo esquema ‘colheita e vendas fixas’, dos quais quase 5.800 são cafeicultores com acordos comerciais e 3.510 produtores participam de 54 alianças produtivas em café em nove departamentos.
Os incentivos financeiros à produção e seguros agrícolas também desempenharam um papel de liderança nessa estratégia, com empréstimos subsidiados (os mais baixos do mercado) para capital de giro. Saúde e defesa comercial e extensão agrícola são as outras duas estratégias que permitiram ao setor agrícola promover com resultados muito bons.
Por sua vez, o presidente do Banco Agrário, Francisco Mejía, convidou os produtores com dívidas a aproveitar a recuperação do preço interno do café para acelerar os pagamentos ao capital, porque pagar antecipadamente as dívidas ajuda a aumentar sua lucratividade.
Gerência técnica apresenta indicadores agronômicos históricos
Por sua vez, o Gerente Técnico da Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC), Hernando Duque, apresentou em detalhes os indicadores agronômicos da cafeicultura colombiana, que, como resultado da estratégia bem-sucedida ‘Mais agronomia, mais produtividade’, são os melhores da história.
Uma produtividade de 20,9 sacas de café verde por hectare e uma densidade de 5.238 árvores por hectare em novembro, graças à renovação de 392 mil hectares nos últimos 5 anos, são alguns desses indicadores, que contribuíram para manter a produção de café em níveis históricos e estáveis.
Duque mostrou o comportamento do volume de produção de café desde 1956, que evoluiu satisfatoriamente de volumes baixos, mas estáveis, para uma alta produção estável nos últimos cinco anos.
O gerente técnico também mostrou os grandes avanços da cafeicultura colombiana em questões ambientais, com significativa economia de água, graças a um crescente benefício ecológico e fungicida, devido à maior proporção de variedades resistentes a doenças. "Hoje temos os mais jovens, os mais densos, os mais produtivos, os mais tecnificados, os mais estáveis ??na colheita e os mais saudáveis", resumiu.
As informações são da Federação Nacional de Cafeicultores da Colômbia / Tradução Juliana Santin