Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontou uma produção de 57,3 milhões de sacas de 60 kg, sendo 43,2 milhões de sacas referentes à variedade arábica e as outras 14,3 milhões de robusta.
Para Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que representa as principais cooperativas cafeeiras do País, os números do IBGE vêm ao encontro da expectativa do setor e evidenciam que o Brasil não colherá uma supersafra.
"Temos observado muitos especuladores superestimando a safra brasileira para além de 60 milhões de sacas, com o intuito de depreciar as cotações e adquirirem o produto a preços baixos. Contudo, os estudos dos órgãos governamentais, como IBGE e Conab, desmentem essas especulações", afirma Silas.
Segundo ele, a safra atual será maior em função do ciclo bienal da variedade arábica e da melhoria do clima, principalmente no Espírito Santo, maior produtor nacional de robusta. "Uma supersafra, no entanto, está descartada", comentou. O presidente do CNC conclui que o Brasil, com o volume a ser produzido em 2018 e seus estoques, possui condições de honrar seus compromissos com exportações e consumo interno.