Segundo o 1º Levantamento da Safra 2020 de Café, divulgado hoje (16) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil poderá colher entre 43,2 e 45,98 milhões de sacas beneficiadas de arábica e entre 13,95 e 16,04 milhões de sacas de canéfora.
A produção dos grãos arábica, influenciada pela bienalidade positiva, deverá apresentar um aumento que pode variar entre 26% e 34,1% em comparação ao volume produzido na safra passada. Mas, em relação a 2018, haverá uma queda entre 3,2% e 9%.
A floração da atual safra ocorreu sob um clima desfavorável, com altas temperaturas e baixos índices pluviométricos. Entretanto, o clima foi positivo no período da formação do chumbinho e os enchimentos dos frutos da espécie.
A produção do canéfora tem sido favorecida pelo clima, com um aumento de 14,2 milhões de sacas em 2018 para 15 milhões em 2019. Com a expectativa para 2020, o País poderá colher uma safra total, somando canéfora e arábica, entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas este ano. Já a área total será de 1,89 milhão de hectares, crescimento de 4%.
Produção regional
Entre os estados cafeicultores, Minas Gerais deve ter registrar uma produção entre 30,71 e 32,08 milhões de sacas. No Sul de Minas, a quantidade oscila entre 17,03 e 17,79 milhões de sacas. No Cerrado Mineiro, a produção ficará entre 5,82 e 6,07 milhões de sacas. Já a Zona da Mata Mineira oscila entre 7,21 e 7,53 milhões de sacas. No Norte de Minas, a produção deve apresentar entre 655,7 mil e 684,9 mil sacas beneficiadas.
Na previsão para os outros estados, os dados do levantamento mostram o seguinte cenário: Espírito Santo, com produção entre 13,02 e 15,44 milhões de sacas; São Paulo, com 5,71 a 6,1 milhões; Bahia, com 3,6 a 4,1 milhões; Rondônia, com 2,34 a 2,39 milhões; Paraná, com 880 a 970 mil; Rio de Janeiro, com 316 a 350 mil; Goiás, com 265,2 a 276 mil; e Mato Grosso, com 159 a 168,8 mil sacas.
Mercado
No mercado internacional, os preços futuros dos contratos dos cafés arábica e canéfora recuaram neste início de ano após as fortes altas verificadas nos meses de novembro e dezembro de 2019. A normalização do clima com o retorno das chuvas nas regiões cafeeiras do Brasil e a entrada de produto de origem colombiana e de países da América Central, tem contribuído para o arrefecimento das cotações.
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